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20 dos piores clipes do rock, segundo o Ultimate Classic Rock

A prática que consagrou Marcos Mion se justifica pela enorme quantidade de “pérolas videoclípticas” produzidas com o passar das décadas

Quando Marcos Mion inseriu as análises de videoclipes no programa Piores Clipes do Mundo, da MTV (que já existia antes de ele começar a apresentar, ressalte-se), muita gente abriu os olhos para o montante de bombas produzidas por artistas de relevância histórica atestada. O que poderia ter ofendido muita gente logo fez com que todo mundo entrasse na brincadeira e aprendesse a dar risada junto.

O Ultimate Classic Rock provavelmente desconhece a produção nacional. Porém, também se dedicou a listar os 20 piores produtos do gênero dentro do rock. Eis as escolhas, com alguns comentários do staff do site – para assistir a cada produção no YouTube, clique no título.

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Aerosmith – Pink: Embora a busca do Aerosmith por reinvenção constante seja louvável, os efeitos especiais de transformação corporal do vídeo de “Pink” ultrapassam o “engenhoso” e pousam diretamente em um território “assustador”.

Alice Cooper – Clones (We’re All): Alice Cooper tinha 32 anos quando lançou “Flush the Fashion”, influenciado pela new wave. Mas o roqueiro antes animado – então preso no meio de um vício secreto em cocaína – parecia e se movia como um geriátrico no vídeo do single principal do álbum.

Asia – Heat of the Moment: Talvez este vídeo no estilo Hollywood Squares pretendesse obscurecer o fato de que o Asia não era uma banda eminentemente fotogênica. Isso também prova que eles não eram particularmente experientes em vídeos.

Beach Boys – Kokomo: O vídeo de “Kokomo” representa tudo de errado com os Beach Boys sob o reinado imperioso de Mike Love. Filmado no então novo Grand Floridian Resort no Walt Disney World, é basicamente um anúncio de longa-metragem de hotel e uma alusão ao terrível filme de Tom Cruise, “Cocktail”. Nem ele nem o galã John Stamos poderiam redimir essa ativação cínica da marca disfarçada de arte.

Billy Squier – Rock Me Tonite: Assistir ao vídeo de “Rock Me Tonite” é como ser atacado por um urso. Você sabe, em teoria, que será insuportável, mas nada pode prepará-lo para o horror de corpo inteiro que se segue depois que você pressiona “play”. Da mesma forma, Billy Squier não poderia prever a queda livre da carreira que se seguiria depois que ele lançasse esta filmagem horrível dele empinando e rastejando pelo exército em seu quarto com uma regata rosa.

Carly Simon – My New Boyfriend: Nem todo artista dos anos 70 foi feito para os anos 80, com muitos vídeos. Tomemos como exemplo Carly Simon, que dança de um lado para outro em trajes egípcios vagamente apropriados e inexplicavelmente beija um robô no vídeo “My New Boyfriend”. A cereja do bolo de pesadelo é o velho com a camisa do Caesar’s Palace que é empurrado ao mar por razões desconhecidas.

David Bowie & Mick Jagger – Dancing in the Street: Esqueça Jagger e Bowie se debatendo como duas mães limpando a casa numa tarde de domingo. Essa farsa não estaria na lista se eles tivessem apenas se beijado, caramba.

Huey Lewis and the News – Hip to Be Square: Assistir Patrick Bateman cortar Paul Allen em pedaços com um machado em “American Psycho” é de alguma forma menos horrível do que este vídeo claustrofóbico, que apresenta muitas fotos das amígdalas de Huey Lewis.

John Mellencamp – Hurts So Good: Nada diz “homem do povo” como pular em cima do bar na colher gordurosa local e se esfregar em algumas mulheres seminuas enquanto usava polainas sem bunda e sem virilha.

Journey – Separate Ways (Worlds Apart): Apresenta os membros do Journey em pé em um cais, tocando instrumentos invisíveis e pulsando desconfortavelmente na frente de uma câmera enquanto uma mulher de salto alto passa por eles. Aparentemente ela sonha com o vídeo depois de adormecer enquanto ouve a música. O resto de nós apenas tem pesadelos com isso.

Judas Priest – Hot Rockin’: Em algum momento, alguém no campo do Judas Priest deve ter pensado que um vídeo mostrando toda a banda puxando ferro seria o auge da masculinidade. O resultado parece mais um filme caseiro de chantagem e Rob Halford aparenta estar suando com febre na imprudente cena da sauna.

Kiss – Psycho Circus: A formação original do Kiss finalmente se reuniu em meados dos anos 90 para “Psycho Circus”. E como eles marcaram a ocasião? Lançando um vídeo 3D instantaneamente datado, cheio de esqueletos gigantes e foguetes que tinham toda a elegância de um jogo barato de Nintendo 64.

Mötley Crüe – Looks That Kill: Os vídeos do álbum “Shout at the Devil”, do Mötley Crüe, estão vagamente conectados por um conceito: como ser ao mesmo tempo tão cafona e ofensivo quanto possível. Em “Looks That Kill”, a banda aterroriza um grupo de mulheres enjauladas e seminuas; em “Too Young to Fall in Love”, eles tentam resgatar um grupo de mulheres asiáticas de um chefe do crime local antes de perceberem que elas consentiram em estar lá. Escolhemos o primeiro, mas, na verdade, você pode simplesmente jogar cara ou coroa.

Night Ranger – Four in the Morning (I Can’t Take It Anymore): A própria premissa deste vídeo é absurda. Se um bando de alienígenas sexy aterrissasse no deserto no modelo de nave espacial de aparência mais falsa que você já viu, eles certamente não sequestrariam o Night Ranger para sua rave espacial. Eles teriam pelo menos mirado no Ratt.

Queen – Body Language: Realmente tenta ser um vídeo sexy, mas essa bagunça confusa e muito sombria serve principalmente como um anúncio público contra o uso de chuveiros comerciais de academia.

Rush – Roll the Bones: Crédito onde é devido: o policial esqueleto animado (com um moicano rosa) no vídeo é o acompanhamento visual perfeito para o rap de Geddy Lee. Isso não é um elogio em nenhuma das frentes.

Starship – We Built This City: Se esta música e vídeo fossem sobre um grupo de extraterrestres fazendo uma peregrinação a um Lincoln Memorial senciente, seria… ainda uma droga, mas pelo menos faria sentido. Dito isto, a horrível tecnologia de tela verde é a representação visual perfeita para esse desastre falso futurista.

Styx – Music Time: Alienígenas cabeças de cone, chimpanzés de circo, homens vestidos de cachorros, execução em cadeira elétrica: o vídeo “Music Time” tem de tudo! A única coisa que falta é um sentido.

Survivor – Eye of the Tiger: Como música tema de Rocky III, “Eye of the Tiger” continua sendo um hino genuinamente inspirador. O mesmo não pode ser dito do vídeo oficial, que apresenta muitas gravatas finas, óculos de aros grossos, closes suados e folhas de ouro para inspirar vergonha alheia.

U2 – Numb: Ficar entorpecido (numb) é exatamente o que você deseja ser depois de assistir The Edge ter o rosto lambido e acariciado pelos pés por quatro minutos consecutivos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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