Não é difícil notar o talento de Bruce Dickinson diante do microfone, mas muitos não reconhecem sua habilidade na criação. E não apenas na carreira solo: o vocalista do Iron Maiden compõe regularmente para sua banda principal.
Em entrevista à Kerrang!, Dickinson mencionou algumas canções feitas apenas por ele, do início ao fim, com guitarras e tudo. O bate-papo girava em torno de “The Mandrake Project” — seu próximo álbum solo, marcado para sair em 1º de março via BMG — quando o cantor foi perguntado sobre as diferenças entre criar para o Maiden e fora dele.
Ao fim da resposta, Bruce citou três músicas da banda compostas inteiramente por ele.
“Primeiro de tudo, é um processo mais longo. Esse álbum (‘The Mandrake Project’) foi filtrado através de camadas de rock. Algumas das músicas surgiram todas de uma vez, algumas levaram algum tempo, algumas eu desenterrei de 20 anos atrás. A coisa incrível é que todas elas se encaixam. Sonoramente todas elas se encaixam. Elas são todas obviamente minhas ou têm contribuições minhas. Há algumas colaborações com Roy (Z, guitarrista) e um pouco de coisas excêntricas que eu compus completamente sozinho – guitarras e tudo. As pessoas ficam ‘oh, você compôs essa música?!’ Bem, sim, eu também fiz ‘Powerslave’, ‘Revelations’ e ‘Flash of the Blade’ completamente por conta própria.”
“Powerslave”, faixa-título do álbum lançado pelo Iron Maiden em 1984, é um épico de tema egípcio sobre um faraó que se recusa a morrer e perder seu status divino. Do mesmo álbum vem “Flash of the Blade”, com temática medieval a respeito de um típico espadachim do período na Europa.
Já “Revelations” foi lançada no álbum anterior, “Piece of Mind” (1983), e traz uma letra calcada no ocultismo e na Lei de Thelema. Para muitos, é uma espécie de precursora da carreira solo de Dickinson em relação ao tema abordado.
O álbum quase perfeito do Iron Maiden
Todo artista diz que seu melhor álbum é o que está sendo divulgado. Com Bruce Dickinson, não é diferente.
Ainda à Kerrang!, ele afirmou gostar de todas as canções de “The Mandrake Project” e voltou a falar sobre o Iron Maiden na resposta, dessa vez com um exemplo negativo: um disco que é um clássico absoluto, mas que não é perfeito do início ao fim.
“Este é um álbum de rock pesado, mas não estou limitado por ter que me encaixar em um nicho. Tenho a liberdade para ser tão pesado quanto quiser e tenho a liberdade de ser pesado de diferentes formas. A chave para fazer isso tudo funcionar é que é autêntico, não é só ‘oh, temos 5 minutos, o que vamos fazer? Componha alguma m#rda de balada e coloque lá’. Nada no álbum está lá sem razão. Está tudo lá porque faz sentido com outras coisas. Isso é um tanto raro. Todo álbum que eu fiz tem sempre uma ou duas músicas em que você fica ‘sim, essas não me pegaram da mesma forma’. Não há uma única faixa neste álbum que eu não ouça e ame. Nem ‘The Number of the Beast’ tem isso. Tem tantos clássicos naquele disco, mas eu sempre fiquei um pouco ‘bem…’ sobre ‘Invaders’ ou algo assim. Mas você tende a esquecer isso porque o resto é incrível.”
Bruce Dickinson no Brasil
Bruce Dickinson lança o disco solo “The Mandrake Project” em 1º de março próximo. Logo a seguir, o cantor realiza uma série de shows pelo Brasil. Eis o itinerário:
- 24/04 Curitiba (Live Curitiba)
- 25/04 Porto Alegre (Pepsi On Stage)
- 27/04 Brasília (Opera Hall)
- 28/04 Belo Horizonte (Arena Hall)
- 30/04 Rio de Janeiro (Qualistage)
- 02/05 Ribeirão Preto (Quinta Linda)
- 04/05 São Paulo (Vibra São Paulo)
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