Após sua segunda demissão do Megadeth, o baixista David Ellefson não tem perdido uma oportunidade de elogiar o Metallica em entrevistas e nas redes sociais. A atitude pode ser verdadeira, mas não deixa de ser vista como uma maneira de dar uma cutucada no antigo patrão, Dave Mustaine, que foi mandado embora da banda em 1983 e até hoje não superou o episódio.
Recentemente, o músico foi comemorar seu aniversário em um show dos líderes do Big Four, tendo até mesmo posado para fotos ao lado do baterista Lars Ulrich, por quem seu ex-colega nutre as maiores mágoas. Em entrevista ao “Plus One: A Rock N Roll Podcast”, transcrita pelo Blabbermouth, ele declarou:
“Somos amigos. Claro, crescemos juntos. Minha carreira é um ramo da árvore genealógica do Metallica. E eu adoro quando eles dizem ‘a família Metallica’. Quando você está no show, realmente se sente parte da família. São gentis, graciosos e pessoas muito legais.”
Ellefson aproveitou para elogiar toda a estrutura da banda, que vem realizando a turnê “M72”, com dois shows por cidade e executando setlists totalmente diferentes de uma noite para a outra.
“Toda a organização por trás da banda é uma operação enorme e bem lubrificada. É como a Microsoft do metal. E tem funcionado muito bem. Quando as luzes se apagam e o show começa, tudo isso vai embora e você fica apenas assistindo o que são, para muitos, quatro super-heróis. Para mim, são quatro amigos incríveis arrasando, tocando ótimas músicas, a maioria das quais sou fã.”
A maioria? Ou seja, não todas? David responde:
“Até o ‘Black Album’, com certeza todas. Gosto de ‘Load’ e ‘Reload’, eles têm boas músicas, algumas ótimas. Depois disso eu estava ocupado fazendo minhas próprias coisas e todos nós seguimos em direções diferentes lá. Mas eu acho que ‘Hardwired’ é ótimo.”
Metallica e “72 Seasons”
Quanto ao mais recente, “72 Seasons”, o artista elogia toda a campanha de marketing realizada.
“Eu amo todo o visual temático do disco, a ênfase na cor amarela. Você vê um outdoor na Inglaterra que eles colocaram em suas redes sociais. É apenas amarelo com uma pequena cauda do ‘M’ do logotipo. Só com isso você já sabe do que se trata. É como ver o logotipo da Apple – você nota e nada mais precisa ser dito. Eu simplesmente admiro isso, porque assim como o Kiss fez por nós, o Metallica arrebentou todas as grandes portas e preparou os trilhos para nossos trens prosseguirem.”
David Ellefson e Metallica
Em outubro, David Ellefson já havia citado que a saída da antiga banda o proporcionou poder voltar a homenagear os amigos.
“Agora que não estou mais no Megadeth, posso voltar a usar minhas camisetas do Metallica. Sou fã. Quero dizer, fale sobre padrões ouro. Eles são únicos para o metal, fizeram o impossível. Quando você pensa no ramo de turnês, há Taylor Swift, há o Metallica, talvez Beyoncé, Guns N’ Roses… E graças a Deus eles estão no topo.”
Em julho deste ano, David exaltou os colegas de Big Four ao Riff Crew. E aproveitou para dar uma cutucada.
“Gostaria que Dave pudesse ser mais grato e ver o lado positivo de seu tempo com o Metallica. Apesar de como acabou, a associação a eles foi algo que nos trouxe boas vantagens no início da carreira. De minha parte, sempre fui fã.”
Poucos dias antes, também havia dito ao Scars and Guitars:
“Nunca compactuei com a mágoa que Dave sente do Metallica. Sou fã e amigo de todos na banda, eles fizeram muito por nós. Serei sempre grato e os aplaudirei.”
Atualmente, David Ellefson toca no Kings of Thrash, com o guitarrista Jeff Young. Os dois também estão realizando um projeto que contará com um vocalista brasileiro. Por hora, não há maiores detalhes. O baixista também tem o Dieth, The Lucid e o Ellefson/Soto, com o vocalista multibandas Jeff Scott Soto.
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