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Bruce Dickinson prefere sua voz atual em comparação à dos 23 anos

Cantor do Iron Maiden destaca o fato de ainda conseguir interpretar as canções que gravou em seus tons originais

Aos 65 anos, Bruce Dickinson é o raro caso de um cantor que ainda consegue interpretar o que gravou décadas atrás com fidelidade. Mesmo apresentando alguns efeitos da idade, o frontman do Iron Maiden é capaz de oferecer uma performance digna das exaltações que recebe dos fanáticos mundo afora.

Em entrevista ao Rock Antenne, da Alemanha, o vocalista se propôs a uma reflexão sobre como consegue se manter em alto patamar, ao contrário de outros colegas de geração e antecessores. Conforme transcrição do Blabbermouth, ele declarou:

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“Uh, eu não sei. Uma certa parte disso provavelmente tem a ver com a maneira como fui feito. Também procuro cuidar de cada parte que você já tem. Fora isso, a voz muda conforme você envelhece. Não há dúvida disso. Mas tive sorte que a maioria dos meus agudos ainda estão lá. Fazemos todo o show do Maiden no tom original, todas as músicas e tudo. O que não quer dizer que uma ou duas não sejam muito desafiadoras. Mas tenho novidades para você: elas sempre foram desafiadoras; quando eu tinha 25 anos já eram.”

Apelidado de “Air Raid Siren” (Sirene de Ataque Aéreo) no passado, o artista confessou até preferir como canta atualmente.

“O tom da minha voz mudou um pouco e, em muitos aspectos, gosto mais dele agora do que quando tinha 23 anos. Naquela época eu era brilhante e estridente. No formato atual é possível expressar maior emoção. Então, por exemplo, há uma música no meu próximo álbum solo [‘The Mandrake Project’] chamada ‘Rain On The Graves’. Eu não poderia ter cantado ela da mesma maneira quando tinha 22 anos. Portanto, é interessante ver como um tipo de vida emocional da voz se desenvolve ao longo dos anos. Esse é o tipo de domínio que estou experimentando. Estou tentando estender o alcance emocional da minha voz, tanto quanto preservar o alcance físico.”

Cuidados fora do palco

A rotina de cuidados pessoais fora dos palcos também é um fator a ser considerado.

“Talvez eu tenha mudado algumas pequenas coisas na minha dieta. Não como tanto pão. Minha esposa é francesa, então estou completamente doutrinado nos costumes do pão francês. Prefiro não comer pão quando só tenho opções industriais. Também tento comer um pouco mais de proteína do que antes. Às vezes vou até a academia e puxo alguns pedaços de ferro por aí. E ainda treino esgrima. Não acho que as pessoas percebam o quão físico esse esporte é, porque você está coberto de branco e usa uma máscara. Então é como quando olha para o automobilismo e dizem: ‘Pilotos de Grande Prêmio, eles não trabalham muito duro, não é?’ Porque eles estão todos de macacão e com capacete, mas estão perdendo Deus sabe quantos litros de água. É um esforço físico incrivelmente duro. Mesma coisa no palco. Chego a perder cerca de três litros de água. Provavelmente bebo um litro e meio ou dois litros durante o show. Quando volto para o meu quarto de hotel, ainda me falta um litro de onde eu deveria estar.”

Bruce Dickinson e Iron Maiden no Brasil

Em 2024, Bruce Dickinson vem duas vezes ao Brasil para shows. A primeira acontece como artista solo, divulgando seu próximo álbum, “The Mandrake Project”. Eis as datas:

  • 24/04 Curitiba (Live Curitiba)
  • 25/04 Porto Alegre (Pepsi On Stage)
  • 27/04 Brasília (Opera Hall)
  • 28/04 Belo Horizonte (Arena Hall)
  • 30/04 Rio de Janeiro (Qualistage)
  • 02/05 Ribeirão Preto (Quinta Linda)
  • 04/05 São Paulo (Vibra São Paulo)

No segundo semestre, o Iron Maiden realiza mais dois shows da “The Future Past Tour” no país. Ambas acontecem no Allianz Parque, em São Paulo, dias 6 e 7 de dezembro. Os dinamarqueses do Volbeat serão a atração de abertura.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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