Apesar de terem cumprido o trato e assinado todas as composições em dupla até o fim dos Beatles, John Lennon e Paul McCartney deixaram de criar juntos com o passar dos anos. A colaboração se tornou cada vez mais esporádica, sem deixar de render alguns clássicos, no entanto.
Um exemplo é “Come Together”. A música entrou em “Abbey Road” (1969), derradeiro trabalho de inéditas do Fab Four – “Let it Be” (1970) saiu depois, mas foi registrado antes. Ela também saiu como single de duplo lado A, junto a “Something”, de George Harrison.
No livro “Paul McCartney: Many Years From Now” (1997), em resgate do Showbiz Cheatsheet, Macca relembrou como surgiu a ideia.
“John originalmente a trouxe como uma musiquinha muito alegre e eu indiquei que era muito semelhante a ‘You Can’t Catch Me’ de Chuck Berry. Ele reconheceu que estava bem próximo disso, então eu disse: ‘Bem, faça qualquer coisa que você possa para fugir disso’. Sugeri que tentássemos algo mais pantanoso – ‘pantanoso’ foi a palavra que usei – e assim o fizemos.”
Paul McCartney queria ter cantado
A linha de baixo de Paul é um dos momentos mais marcantes do arranjo. Porém, ele também reconhece que gostaria de ter contribuído mais de outra forma.
“Eu teria gostado de cantar as harmonias vocais com John. Acho que ele também teria gostado que eu fizesse isso, mas fiquei com vergonha de pedir. Faço networking com o melhor que posso nesse tipo de situação.”
Beatles e “Come Together”
“Come Together” chegou ao topo da parada nos Estados Unidos e Austrália, além de ter chegado ao 4º lugar no Reino Unido. Posteriormente, ganhou inúmeras versões de outros artistas, incluindo nomes como Ike & Tina Turner, Aerosmith, Joe Cocker e Michael Jackson.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.