Apesar de o sucesso de “Highway to Hell” e “Back in Black” ter sido o fator preponderante para a consagração eterna do AC/DC, não são poucos os fãs que mencionam “Powerage” como seu álbum preferido. De fato, até mesmo lendas do rock como Eddie Van Halen, Joe Perry (Aerosmith) e Joe Elliott (Def Leppard) colocam o disco em seus olimpos pessoais.
Porém, uma pessoa muito importante confessou não ter os melhores sentimentos sobre o play em questão. Em 1992, o saudoso guitarrista e liderança do grupo, Malcolm Young, falou à Classic Rock sobre seus sentimentos em relação ao registro. E não poupou tinta nas críticas.
“Esse álbum (‘Powerage’) foi mais do mesmo, exceto pela saída de Mark Evans e a entrada de Cliff Williams no baixo. Contentamo-nos em seguir a linha de ‘Let There Be Rock’ porque estava dando certo. ‘Sin City’ foi o grande sucesso e ainda nos valemos dela no palco.”
Para o irmão de Angus, falecido em 2017, as pressões externas não ajudaram.
“A gravadora começou a nos pressionar por singles de sucesso. Estávamos apenas nos esforçando e indo em frente. Nós demos a eles ‘Rock’n’roll Damnation’, que entrou nas paradas. Hoje em dia, espera-se que algumas bandas lancem pelo menos oito singles de um álbum. Patético, não é?”
AC/DC e “Powerage”
Quarto trabalho (quinto na discografia australiana) do AC/DC, “Powerage” marcou a estreia do baixista Cliff Williams. Ganhou disco de platina nos Estados Unidos, ultrapassando um milhão de cópias vendidas. Foi o primeiro em que a capa era a mesma no lançamento mundial e no local.
Ainda assim, o tracklist trazia uma diferença: a primeira versão europeia em vinil contava com a faixa “Cold Hearted Man”, que só ganharia distribuição mundial no box-set “Backtracks”, de 2009. A prensagem original britânica ainda trazia mixagens diferentes para “Down Payment Blues”, “Kicked In The Teeth” e “What’s Next To The Moon”.
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