Nos últimos dias, figuras icônicas do rock decidiram deixar de usar o X/Twitter. O canadense Neil Young, que não tem medo de se chocar de frente com as grandes plataformas – vide Spotify – anunciou sua batida em retirada, deixando claro que recentes posturas do bilionário Elon Musk foram a principal razão.
O músico se juntou a corporações como Apple e Disney, depois que o dono do site disse ter concordado com uma postagem na rede social acusando “comunidades judaicas” de promover o “ódio contra os brancos”.
Em seu site, Neil Young Archives, ele escreveu:
“Estamos interrompendo todo uso do X que pudermos controlar. As razões deveriam ser óbvias para o homem mais rico do planeta.”
Musk resistiu às acusações, mas não antes de Warner Bros. Discovery, Paramount Global, Lions Gate Entertainment e Comcast (dona da Bravo, CNBC e Xfinity) também anunciarem pausas em suas campanhas publicitárias online.
O próprio escreveu:
“Na semana passada, houve centenas de histórias falsas na mídia alegando que sou antissemita. Nada poderia estar mais longe da verdade. Desejo apenas o melhor para a humanidade e um futuro próspero e emocionante para todos.”
Outro que anunciou sua saída foi o israelense Chaim Witz, mais conhecido no mundo musical como Gene Simmons. O baixista e vocalista do Kiss não apenas se despediu, como sua filha Sophie, também artista, tomou a mesma decisão.
“Amigos, decidi encerrar minhas postagens no X/Twitter. De agora em diante, encontrem-me em: instagram.com/genesimmons, tiktok.com/@genesimmons e threads.net/genesimmons.”
A mãe de Gene foi sobrevivente de um campo de concentração nazista na Hungria. Toda sua família foi assassinada pelos capangas de Hitler.
Outros músicos do rock fora do X/Twitter
Anteriormente, outros roqueiros também já haviam anunciado que não participariam mais do X/Twitter. Steve Stevens, guitarrista de Billy Idol, declarou:
“Não estarei mais em sã consciência ativo e postando nesta plataforma. Procure-me no Facebook, Instagram e TikTok.”
Noodles, guitarrista do The Offspring, foi ainda mais incisivo.
“Eu me diverti muito aqui com meus amigos e fãs, mas simplesmente não aguento mais. F*da-se Elon Musk. F*da-se a intolerância de ambos os lados. Estou fora daqui.”
Anteriormente, Mike Portnoy já havia se enchido da dinâmica. O baterista que recém retornou ao Dream Theater escreveu, criticando a possibilidade de qualquer um ter o selo azul, que indicava uma pessoa conhecida:
“Como alguém que lidou com impostores online, a verificação do selo azul é algo que sempre achei muito importante ter nas redes sociais. Com o Twitter agora eliminando todos eles e permitindo que qualquer pessoa simplesmente compre um e finja ser qualquer pessoa sem verificação, acho que é hora de sair daqui para evitar qualquer possível confusão ou erro de identidade.”
Sobre o X / Twitter
Fundado em 2006, o Twitter foi adquirido por Elon Musk em outubro do ano passado pela quantia de US$ 22 bilhões.
Na atuação mais recente, a plataforma contava com 550 milhões de contas, embora a maioria não exerça reais atividades.
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