A definição do que seria classic rock no mundo da música é ambígua. Ela serve para artistas de outras épocas e, aos poucos, vai incluindo novos nomes de acordo com o período de atuação. Porém, também serve para definir uma banda atual que faça um som identificado com o passado.
É no segundo caso que o Rival Sons se encaixa. Aliás, o vocalista Jay Buchanan confessa, em entrevista ao IgorMiranda.com.br (também disponível em vídeo), que não se enxerga dentro dessa denominação.
“É só rock. Tocamos rock com um monte de nossas próprias influências. Mas entendo quando as pessoas dizem ‘classic rock’: elas querem dizer que é uma banda de rock que está fazendo isso da maneira clássica. Um quarteto, ou às vezes quinteto. Às vezes, temos teclados; às vezes, não. Você tem guitarras, com solos; baterias grandiosas e bombásticas; um vocalista que grita o máximo de seus pulmões. Essa é a fórmula do rock. Entendo o que querem dizer com ‘classic rock’ e não acho que seja algo ruim de se dizer — indica apenas que estamos seguindo a receita dos nossos antepassados, da era de ouro do estilo. É como o Black Crowes, que vem da mesma linhagem.”
E se o seu grupo é invalidado por conservadores que não conseguem gostar de nada novo, Buchanan não os culpa. De certo modo, até se identifica.
“Não me identifico com a maior parte do que está acontecendo no rock, seja o som ou as coisas sobre as quais cantam, mas há algumas bandas por aí que estão fazendo isso de forma correta e honesta. Tentamos fazer nosso melhor. Mesmo assim, alguém vai olhar para o Rival Sons e simplesmente não gostar de nós, não se identificar conosco, e está tudo bem.”
A validação que interessa ao cantor vem dos gigantes do rock que os convidam frequentemente para abrir seus shows.
“O que sei é que o Black Sabbath e todas essas bandas mais antigas querem que a gente vá tocar com eles. Eles gostam do que estamos fazendo. Temos reconhecimento não apenas do Sabbath, mas de todos: Rolling Stones, Aerosmith, Deep Purple, Smashing Pumpkins, Queens of the Stone Age… todas querem que a gente toque com eles e nos aprovam. Vamos continuar a fazer as coisas do nosso jeito, mas saber que somos aceitos pelos nossos heróis é o que importa, não o que todo mundo diz. Não importa o que todos aqui ‘embaixo’ (aponta para o chão) estão falando, mas o que os ‘grandes’ (aponta mais alto) têm a dizer.”
Sobre o Rival Sons
Além de Jay, o Rival Sons conta com o guitarrista Scott Holiday, o baixista David Beste, o baterista Michael Miley e o tecladista de apoio Todd Ögren. A banda foi formada em 2009, na cidade californiana de Long Beach.
Apesar das raízes estadunidenses, o grupo possui uma base de fãs bem maior na Europa, onde seus discos costumam emplacar nas principais paradas.
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