Depois de mais de 4 meses, a greve de atores e atrizes americanos chegou ao fim. O sindicato Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA), que representa mais de 160 mil profissionais do campo da atuação nos Estados Unidos, anunciou o término da paralisação de 118 dias a partir da última quinta-feira (9).
No caso, o SAG fez um acordo provisório com a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), representante da indústria do entretenimento nas negociações com os sindicatos. A conversa envolveu novos tipos de contratos com estúdios, incluindo:
- aumento na remuneração para programas e filmes em streaming;
- melhor financiamento para cuidados com a saúde;
- e garantia de que as empresas não usarão inteligência artificial para criar réplicas digitais semelhantes, sem pagamento ou aprovação prévia.
Inicialmente, o SAG também pediu como prioridade uma porcentagem da receita dos streamings. No entanto, segundo o jornal The New York Times, plataformas como a Netflix recusaram, pois achavam “um passo grande demais”.
Por isso, o AMPTP propôs um novo tipo de renda para os trabalhos disponibilizados de tal maneira, baseada em métricas de desempenho, acatada pelo sindicato de atores.
Disse o SAG em comunicado postado nas redes sociais:
“Estamos emocionados e orgulhosos em informar que o TV/Theatrical Negotiating Committee votou por unanimidade pela aprovação de um acordo provisório com a AMPTP. A partir das 12h01 (horário do Pacífico) do dia 9 de novembro, nossa greve está oficialmente suspensa e todos os locais de protesto estão fechados. Chegamos a um contrato que permitirá aos membros do SAG-AFTRA de todas as categorias construir carreiras sustentáveis. Milhares de artistas, agora e no futuro, se beneficiarão deste trabalho.”
Greve dos atores
Pela primeira vez em 43 anos, atores e atrizes na indústria de cinema americana entraram em greve. Conforme anunciado pelo Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA), a paralisação da categoria começou a partir da meia-noite do dia 14 de julho.
Segundo as orientações publicadas pelo sindicato, a greve se aplicou àqueles trabalhando em atuação, canto ou dança, assim como dublês e artistas envolvidos em operação de marionetes ou captura de movimentos. A iniciativa também impediu os membros de participarem de tarefas relacionadas à promoção, como premiações, festivais e estreias.
Entre os principais pontos de discórdia entre o sindicato e representantes dos estúdios estão pagamentos de direitos autorais relacionados a streaming, além de preocupações com relação ao uso de inteligência artificial e captura de imagem.
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