Não é algo realmente incomum uma pessoa não gostar da própria voz. Porém, em se tratando de cantores, pode ser tornar um fator deveras complicador. Afinal de contas, você precisa lidar com esse aspecto em específico da sua personalidade. De qualquer modo, Billy Joel não tem problema em reconhecer o desgosto.
Durante entrevista de 2016 ao sistema de rádio pago SiriusXM, resgatada pelo Far Out Magazine, o astro admitiu:
“Não sou estilista – não sou um grande fã da minha própria voz, nunca fui. Sou um compositor, o que significa que posso imaginar qualquer voz fazendo algo que eu escrevo.”
A confissão aconteceu enquanto era discutida a criação da música “Until the Night”, do álbum “52nd Street” (1978). A canção foi escrita tendo em mente Bill Medley e Bobby Hatfield, duo conhecido como The Righteous Brothers.
“Na verdade, eu estava tentando fazer a voz de Bill Medley e Bobby Hatfield, o baixo e o tenor. A ideia era combiná-las neste refrão grande e gigantesco. É quase wagneriano – apenas um grande refrão operístico que simplesmente bate na sua cabeça.”
Outro exemplo ocorreu a Joel durante bate-papo com a CNN, quando o assunto era “New York State of Mind”. Nesse caso, a referência era Ray Charles.
“Eu estava pensando em Ray Charles quando a escrevi. Embora tenha a feito em um tom tão agudo que não sei se ele seria capaz de cantá-la. O fato é que muitas vezes penso em outra pessoa além de mim interpretando o que estou escrevendo porque não gosto da minha própria voz. Nunca gostei. Quero evocar outra pessoa.”
O sucesso de Billy Joel
O fato é que, apreciando o próprio registro ou não, Billy Joel se tornou um dos maiores artistas dos Estados Unidos. Até hoje vendeu mais de 160 milhões de cópias dos seus álbuns em todo o mundo.
Apesar de não lançar nada inédito desde 2001, ele segue realizando turnês e temporadas no Madison Square Garden, em Nova York, onde já se apresentou mais de 100 vezes.
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