Yngwie Malmsteen conta por que não faz ensaios nem segue repertórios em shows

Guitarrista sueco considera a imprevisibilidade o motivo pelo qual ainda toca ao vivo

Que Yngwie Malmsteen é uma figura excêntrica todo mundo já sabe. A ponto de o guitarrista sequer se importar com o entrosamento da própria banda.

Durante recente entrevista ao Trunk Nation, o sueco foi questionado sobre como se prepara para uma turnê.

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Conforme transcrição do Metalhead Zone, o sueco surpreendeu ao responder:

“Eu não ensaio nunca. A banda ensaia, mas eu não. Apenas faço uma longa passagem de som antes do primeiro show da turnê. Só isso.”

Ainda assim, ele faz questão de incluir algumas surpresas no repertório – mesmo com o risco de dar tudo errado.

“Posso incluir músicas que não estavam no setlist original. Nunca é a mesma coisa e isso me mantém alerta, assim como a todos os outros. Torna tudo emocionante, perigoso e divertido.”

Esquisito, não? Mas é justamente o que mantém a motivação, de acordo com o próprio Malmsteen.

“A razão pela qual ainda faço isso depois de mais de 40 anos é porque não tenho um set ensaiado. Se tivesse seria como ligar uma jukebox. Seria muito chato, ao menos para mim. Eu preciso de um pouco de perigo.”

Recentemente, Yngwie Malmsteen finalizou uma turnê norte-americana junto de Glenn Hughes. “Parabellum”, seu álbum de estúdio mais recente, foi lançado em 2021. O trabalho chegou ao 22º lugar na parada japonesa.

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido Lars Johan Yngve Lannerbäck na Suécia em 30 de junho de 1963, Yngwie Malmsteen pegou um violão pela primeira vez aos 7 anos de idade, no dia em que Jimi Hendrix morreu, e ganhou sua primeira guitarra aos 9, de presente do irmão.

Largou a escola aos 15 e conseguiu um emprego consertando guitarras em uma loja de música em Estocolmo. Enquanto trabalhava lá, ele teve a ideia de escalopar braços de guitarra — modificação que torna as técnicas de vibrato e bending mais fáceis e que se tornaria marca registrada de seus instrumentos.

No final da adolescência, cada vez mais frustrado com a cena musical sueca, Malmsteen se viu num beco sem saída: suas composições, por melhores que fossem, não despertavam o interesse de nenhuma gravadora local por não serem “comerciais” o suficiente.

Sabe-se lá como, uma demo atravessou o oceano. Mike Varney, chefe da Shrapnel Records na Califórnia, ouviu e ficou impressionado com o estilo de tocar do jovem. Ele entrou em contato e pediu que Yngwie fosse aos Estados Unidos para gravar um álbum pela sua gravadora.

Malmsteen foi de mala e cuia para Los Angeles, onde se juntou ao Steeler. Ele gravou um álbum homônimo (1983) com a banda antes de unir forças com o veterano ex-vocalista do Rainbow Graham Bonnet no Alcatrazz, registrando “No Parole from Rock ‘n’ Roll” (1983) e o ao vivo “Live Sentence” (1984).

Cansado do expediente de compor em parceria com terceiros, ele saiu do Alcatrazz e pôs na rua o Yngwie J. Malmsteen’s Rising Force, nome sob o qual começou a gravar uma série de álbuns, alguns dos quais obteriam status de clássico não apenas no reino da guitarra, mas no hard e metal como um todo, como “Rising Force” (1984), “Trilogy” (1986) e “Odyssey” (1988).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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