Para uma banda com 40 anos de carreira, o Metallica tem um número baixo de discos. Considerando apenas os de material inédito “72 Seasons”, o mais recente, é o 11º. Fora isso, foram poucas as músicas autorais que saíram em EPs, singles, registros ao vivo, trilhas sonoras e afins.
De qualquer modo, a banda pretende continuar criando. Quem garante é Lars Ulrich, baterista e membro fundador ao lado do vocalista e guitarrista James Hetfield. Em entrevista à Rolling Stone, o músico refletiu sobre o processo na realidade atual da indústria.
“Lançar novas músicas hoje em dia é sempre um desafio e um pouco complicado. Há questionamentos em relação ao propósito e sobre quem está realmente ouvindo. Acho que estamos muito tranquilos com o fato de que precisamos gravar por nossa própria sanidade, bem-estar e existência. Sempre será uma parte significativa de quem somos como pessoas. Eu sei que há muitos artistas que já existem há algum tempo e estão questionando a validade ou a relevância de fazer novos álbuns. Mas acredito que mesmo que nenhuma pessoa ouvisse, é difícil acreditar que não iríamos gravar. É preciso ser criativo.”
Um exemplo dessa necessidade se manifestou justamente no disco mais recente, criado em meio à pandemia.
“As sementes deste álbum começaram durante o lockdown e a incerteza que tomava conta de todos aquela época. Portanto, foi um começo mais desafiador para o projeto. Então, se você sabe disso, não espera que ninguém ouça seus discos e nem sabe o que os discos significam hoje em dia. Mesmo assim, a reação de amigos, fãs, colegas e pessoas cujas opiniões nós respeitam e apreciam tem sido nada menos que positiva e revigorante. Provavelmente a melhor desde que começamos a trabalhar com o produtor Greg Fidelman: ‘Death Magnetic’, ‘Lulu’, ‘Through the Never’, ‘Hardwired’, etc.”
Metallica e “72 Seasons”
“72 Seasons” alcançou o 2º lugar na Billboard 200, principal parada americana. Pela primeira vez em 35 anos, o Metallica não conseguiu o número 1 do chart. Mesmo assim, 146 mil cópias foram comercializadas na semana de lançamento.
Em outros países, no entanto, o trabalho chegou ao topo. O resultado foi obtido nas paradas australiana (ARIA), britânica (UK Albums), holandesa (Album Top 100), alemã (Offizielle Top 100), sueca (Sverigetopplistan), neozelandesa (RMNZ), escocesa (OCC) e irlandesa (OCC).
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