Ainda um jovem, Christone “Kingfish” Ingram já é uma autoridade quando o assunto é blues. Não à toa seu segundo disco, “662” (2021), faturou o Grammy na categoria Melhor Álbum de Blues Contemporâneo. As colaborações e os admiradores que já o elogiaram publicamente apenas contribuem com o sentimento.
Por conta disso, o próprio se sente à vontade para dizer o que pensa sobre a atual geração que se aventura pelo estilo. Em entrevista à nova edição da revista Total Guitar, o instrumentista declarou:
“Muitas pessoas são ignorantes, não entendem o verdadeiro significado do blues. Assistem alguns vídeos de Stevie Ray Vaughan e pensam que tudo que precisam é de distorção e licks rápidos! Mas isso não é verdade. Você tem que voltar no tempo e entender que essa música foi feita pelos nossos antepassados. Nasceu da dor e do sofrimento. Não se tratava apenas de solos de guitarra e letras dizendo ‘meu amor me deixou!’”
Para Christone, os guitarristas do blues moderno aprendem rapidamente os truques do ofício, mas negligenciam a pesquisa da história da escravidão e opressão racial da qual a própria música deriva.
“É aí que muitas pessoas erram – elas não tentaram descobrir ou entender o que é o blues. Deveriam aprender a história antes de entrar em algo de maneira adequada e pensarem que ‘entenderam’ totalmente.”
Sobre Christone “Kingfish” Ingram
Atualmente com 24 anos, Kingfish despontou como músico e performer ainda na infância. Além de álbuns próprio, estabeleceu parcerias com nomes como Eric Gales, Buddy Guy e Keb Mo. Também excursionou com Tedeschi Trucks Band, Samantha Fish, Bob Margolin, Mr. Sipp e Rick Derringer, entre outros.
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