Os aprendizados que Duff McKagan teve com Lemmy Kilmister

Líder do Motörhead foi o “elo perdido” que estabeleceu conexão entre o punk e o hard rock para o baixista do Guns N’ Roses

Duff McKagan sempre faz questão de deixar clara a influência de Lemmy Kilmister em sua carreira. O frontman do Motörhead era uma das poucas figuras a estabelecer conexões entre os variados subgêneros do rock pesado na virada dos anos 1970 para os 80. E foi justamente o que atraiu o futuro baixista do Guns N’ Roses.

Em artigo à Guitar World (via Classic Rock), o músico elaborou sobre a importância do inglês em sua formação, tanto como fã quanto na parte artística.

“O baixo de Lemmy me lembrou que você ainda pode ser punk pra c*ralho no baixo. Mas o problema é que você tem que acertar as notas, sabe? Não pode sair por aí e ser um filho da p*ta desleixado. Ele mostrou a importância de ser agressivo. E isso ao tocar com uma palheta. Você pode pular, mas não toque duas notas ao mesmo tempo.”

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Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

A seguir, Duff citou algo que chamou a atenção de – e ensurdeceu – quem chegou a testemunhar o instrumentista ao vivo.

“O som do baixo dele era enorme. Parecia que era apenas uma bagunça, mas ele estava acertando todas as notas. Se você viu Mötorhead ao vivo, entederá que ele sabia o que estava fazendo. Era óbvio. Mas também, vamos lá, cara, Lemmy era um amálgama de todas as melhores coisas do punk e do metal. Ele não aceitava nenhuma besteira e eu adorava isso.”

A adoração de Duff McKagan

Em 2019, falando à Classic Rock, o colega de Axl e Slash já havia contado como chegou à música do ícone.

“Eu era um punk de Seattle. Mas todos nós ouvíamos AC/DC, Cheap Trick, The Sweet e Montrose, qualquer coisa que nos chamasse atenção. Quando ‘Ace Of Spades’ foi lançado em sete polegadas foi um grande impacto. Mostrou que havia uma direção totalmente nova que poderíamos seguir. Não conheço nenhum roqueiro para quem essa música não tenha mudado sua trajetória e perspectiva.”

A adoração chegou até mesmo a virar parceria nos palcos, mesmo que temporária.

“Minha banda Loaded fez uma turnê pela Europa com o Mötorhead e eu pude tocar guitarra no palco com eles todas as noites, o que foi incrível. Lemmy é divino.”

Sobre Lemmy Kilmister

Nascido em Stoke-On-Tent, Inglaterra, Ian Fraser Kilmister despontou em 1965 com o The Rockin’ Vickers. O grupo lançou três singles e se tornou a primeira banda britânica a excursionar pela Iugoslávia.

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Seis anos depois se juntou ao Hawkwind. Mesmo sem experiência no baixo, assumiu o instrumento que o consagraria. Cantou no single mais bem-sucedido da banda, “Silver Machine”. Saiu em 1975.

A seguir, montou o Motörhead, que se tornaria seu grande trunfo. Na maior parte da carreira como power trio, o grupo se tornou o elo perdido do rock pesado, agradando de punks a headbangers. Foram 22 álbuns de estúdio e mais de 15 milhões de discos vendidos em todo o mundo.

Morreu em 28 de dezembro de 2015, por conta de um câncer na próstata aliado a sérias condições cardíacas. Permaneceu no palco até 17 dias antes, quando se apresentou com o Motörhead em Berlim, Alemanha.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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