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A melhor versão de “Sharp Dressed Man”, do ZZ Top, segundo Robert Fripp

Líder do King Crimson caracterizou o estilo de Billy Gibbons como o mais real que dá para se soar em uma guitarra

Desde a pandemia, Robert Fripp tem explorado na série “Sunday Lunch” o cânone pop de maneira bem humorada com sua esposa, Toyah Willcox. Os dois tem gravado covers na cozinha de casa com fantasias mirabolantes, derrubando a imagem do guitarrista como um dos sujeitos mais sisudos da história do rock.

Em entrevista à Guitar World, o eterno líder do King Crimson discutiu sua familiaridade – ou falta de – com artistas homenageados por ele e Toyah. Uma banda que o guitarrista conhecia, ele fez questão de ressaltar, foi o ZZ Top

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Fripp e a esposa fizeram um cover de “Sharp Dressed Man”, clássico do ZZ Top. Ele , então,ofereceu ao entrevistador sua opinião sobre a melhor versão da música.

“A melhor versão que eu conheço é do Billy Gibbons ao vivo no programa ‘Daryl’s House’ [apresentado pelo cantor Daryl Hall, com quem Fripp trabalhou no passado]. Eu recomendo a qualquer um que esteja lendo procurar. É uma versão suave naquele estilo blues. Pra começo de conversa, o metrônomo da versão do ZZ Top é em torno de 126 batidas por minuto. Nessa versão, é por volta de 115, então cai direitinho. Tem três solos e Billy vai primeiro. Ele não usa muitas notas… Billy não precisa.”

Quando perguntado sobre o que gosta do estilo de tocar do guitarrista do ZZ Top, Fripp respondeu:

“Ele desliza pra dentro da música e te leva com ele. É tão macio, maleável e sedutor. É o mais real que uma guitarra pode ser tocada, do mesmo jeito que não dá pra entender música Tex-Mex a não ser que esteja num bar em Houston ou San Antonio com Doug Sahm tocando na sua frente.”

Robert Fripp, King Crimson e ZZ Top

Apesar disso, a história entre o ZZ Top e o King Crimson é meio conturbada. O guitarrista contou:

“O King Crimson estava abrindo um show para o ZZ Top num estádio em Denver, em 1974. A gente subiu no palco e com 20 minutos de show, o som morreu completamente. Não sabíamos a razão, mas deixamos o palco. Duas décadas depois, eu descobri que foi o ZZ Top que desligou – mas existem várias versões da história. Alguns disseram que foi o gerente da turnê, outros sugeriram que foi Billy Gibbons, por não ter gostado da gente e forçado o cara a fazer aquilo. Outra versão é que o gerente não gostava da gente. Eu não sei! A turnê não durou muito tempo.”

O segredo do timbre de Billy Gibbons

Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, Billy Gibbons buscou explicar o segredo do timbre de guitarra do ZZ Top. Na resposta, mostrou-se tão bom com as palavras quanto é empunhando sua guitarra.

“Dizemos que as três palavras de ordem do ZZ Top são ‘Tone, Taste and Tenacity’ (algo como ‘Tom, Sabor e Solidez”, em tradução livre). Nossa ‘Tenacity’ (‘Solidez’) está garantida considerando que estamos fazendo isso há décadas. ‘Taste’ (‘Sabor’) é uma questão de opinião, mas a ideia é dar ao paladar musical – se tal coisa existisse – uma porção bem arredondada de rock baseado em blues e atrevimento. No que diz respeito ao ‘Tone’ (‘Tom’), fazemos o nosso melhor para sermos sonoramente consistentes. Pearly Gates, minha feroz guitarra Gibson Les Paul Sunburst 1959, estabeleceu o padrão para o som que é uma pedra fundamental do ZZ Top.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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“A melhor versão que eu conheço é do Billy Gibbons ao vivo no programa ‘Daryl’s House’ [apresentado pelo cantor Daryl Hall, com quem Fripp trabalhou no passado]. Eu recomendo a qualquer um que esteja lendo procurar. É uma versão suave naquele estilo blues. Pra começo de conversa, o metrônomo da versão do ZZ Top é em torno de 126 batidas por minuto. Nessa versão, é por volta de 115, então cai direitinho. Tem três solos e Billy vai primeiro. Ele não usa muitas notas… Billy não precisa.”

Quando perguntado sobre o que gosta do estilo de tocar do guitarrista do ZZ Top, Fripp respondeu:

“Ele desliza pra dentro da música e te leva com ele. É tão macio, maleável e sedutor. É o mais real que uma guitarra pode ser tocada, do mesmo jeito que não dá pra entender música Tex-Mex a não ser que esteja num bar em Houston ou San Antonio com Doug Sahm tocando na sua frente.”

Robert Fripp, King Crimson e ZZ Top

Apesar disso, a história entre o ZZ Top e o King Crimson é meio conturbada. O guitarrista contou:

“O King Crimson estava abrindo um show para o ZZ Top num estádio em Denver, em 1974. A gente subiu no palco e com 20 minutos de show, o som morreu completamente. Não sabíamos a razão, mas deixamos o palco. Duas décadas depois, eu descobri que foi o ZZ Top que desligou – mas existem várias versões da história. Alguns disseram que foi o gerente da turnê, outros sugeriram que foi Billy Gibbons, por não ter gostado da gente e forçado o cara a fazer aquilo. Outra versão é que o gerente não gostava da gente. Eu não sei! A turnê não durou muito tempo.”

O segredo do timbre de Billy Gibbons

Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, Billy Gibbons buscou explicar o segredo do timbre de guitarra do ZZ Top. Na resposta, mostrou-se tão bom com as palavras quanto é empunhando sua guitarra.

“Dizemos que as três palavras de ordem do ZZ Top são ‘Tone, Taste and Tenacity’ (algo como ‘Tom, Sabor e Solidez”, em tradução livre). Nossa ‘Tenacity’ (‘Solidez’) está garantida considerando que estamos fazendo isso há décadas. ‘Taste’ (‘Sabor’) é uma questão de opinião, mas a ideia é dar ao paladar musical – se tal coisa existisse – uma porção bem arredondada de rock baseado em blues e atrevimento. No que diz respeito ao ‘Tone’ (‘Tom’), fazemos o nosso melhor para sermos sonoramente consistentes. Pearly Gates, minha feroz guitarra Gibson Les Paul Sunburst 1959, estabeleceu o padrão para o som que é uma pedra fundamental do ZZ Top.”

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