Mesmo após quase 40 anos da edição inaugural, muita gente ainda não entendeu que Rock in Rio é uma marca, não uma proclamação. O festival nunca se propôs a abranger apenas o rock.
De fato, o que o batizou foi a sonoridade facilmente memorizável e marcante das junções das palavras “Rock” e “Rio”. Se a capital carioca se chamasse Pio de Janeiro, o evento seria o Pop in Pio – e ainda assim teria rock na programação.
De qualquer modo, um estilo específico de muito sucesso no Brasil nunca entrou na programação: o sertanejo. Em entrevista ao Gshow, Roberta Medina, vice-presidente da Rock World, responsável pela realização do evento – e de seu irmão mais novo paulista The Town – foi questionada sobre a possibilidade.
“Tem tantos ritmos que não estão aqui dentro. O Brasil é sertanejo e a gente não tem nada contra. Mas o The Town e o Rock in Rio seguem uma linha pop rock.”
Ser incluso nessa proposta é importante para colocar um gênero dentro do evento. Um exemplo está no outrora renegado funk, presença garantida nas edições recentes.
“O funk, quando entrou, tem muito a ver com o trabalho da Anitta, de levar o ritmo para uma outra escala de consumo, mais amplo, ficou mais pop. Isso é uma jornada que acontece.”
Roberto Medina e o sertanejo no Rock in Rio
Vale citar que em 2022 o pai de Roberta, Roberto Medina, tinha uma visão diferente sobre o tema. Em entrevista ao Extra, o criador do Rock in Rio se mostrou receptivo à possibilidade.
“Por que não? Tem um momento em que o sertanejo está se juntando com o pop, você vê o Luan Santana, que é um artista que está no meio do caminho. Então, tem uma conexão. E você vê tanta diversidade de música que não vejo problema. Música tem que ser boa, não importa de onde vem.”
A próxima edição do Rock in Rio acontece em 2024. Por hora, não há qualquer atração confirmada.
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Lugar de sertanejo e em Barretos e afins. Fato!