Desenvolvido pela Midway em 1992, “Mortal Kombat” deu origem a uma das franquias mais bem-sucedidas da história dos jogos de luta. O game se destacava pelas imagens digitalizadas de atores – um tanto quanto toscas para os padrões atuais, mas bem interessantes à época – e, principalmente, a sanguinolência na tela. A ponto de ter sido censurado e se tornado alvo de discussões até mesmo em ambientes políticos.
Não à toa, quando foi portado para consoles caseiros, teve o tom de agressividade consideravelmente diminuído. Na versão de Super Nintendo, por exemplo, o sangue foi totalmente excluído. Da mesma forma, os fatalities – movimentos executados ao final de cada combate, possibilitando ao jogador matar o oponente – foram modificados e abrandados.
Quando chegou a vez do Mega Drive, a Probe Software, responsável pela adaptação, se viu forçada a baixar o tom como a Acclaim fez com a máquina da Nintendo. Porém, ela conseguiu colocar um código que permitia ao usuário habilitar a função de sangue. E foi aí que alguém lembrou que, no mercado americano, o telejogo da Sega se chamava Genesis – já que o nome Mega Drive havia sido patenteado por outra empresa anteriormente.
O joystick original da máquina tinha três botões de ação, além do direcional e da tecla de start. Eles respondiam pelas letras A, B e C. Como a banda de Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford tinha um álbum chamado “Abacab”, ele poderia facilmente ser reproduzido nos comandos do controle. Assim, quem quisesse ver um banho de sangue na tela, não precisava recorrer ao Slayer, mas ao Genesis, digitando a sequência ABACABB – sim, com um B a mais, não se sabe se por equívoco ou realmente para diferenciar.
Embora as duas versões caseiras mais famosas de “Mortal Kombat” sejam imensamente inferiores às dos Arcades, o port de Mega Drive/Genesis se tornou muito maior no conceito dos gamers. Não apenas por conta das gotículas vermelhas na tela, mas por ter uma jogabilidade mais precisa. Mas não dá para negar que a possibilidade de ver um maior sofrimento do adversário contou a favor, dentro da proposta do jogo. Com 3,25 milhões de cópias comercializadas, foi o 5º mais vendido na história do videogame da geração 16-bits da Sega.
Genesis e “Abacab”
Lançado em 18 de setembro de 1981, “Abacab” marcou a transição definitiva do Genesis para a sonoridade predominantemente pop, em detrimento do rock progressivo que os consagrou na década anterior. Foi a primeira vez que o grupo trabalhou no The Farm, estúdio construído pelos músicos em Surrey, Inglaterra.
Seis das nove faixas do tracklist original são creditadas ao trio em conjunto, enquanto as outras três são assinadas individualmente, uma por cada membro. O disco chegou ao primeiro lugar na parada britânica, além de ter ficado em sétimo nos Estados Unidos.
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Na verdade, nunca houve uma mudança do rock progressivo para o pop (até porque rock progressivo é pop – ou você é pop ou é erudito; todo rock é tecnicamente pop, mesmo o death metal mais insano).
A mudança foi, de fato, do progressivo para o new wave.