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Corey Taylor frustra promessa em “CMF2”, segundo trabalho solo

Frontman do Slipknot anunciou “o melhor álbum de rock dos próximos dois anos”, criando expectativa difícil de suprir

Para o bem e para o mal, Corey Taylor é uma das figuras que mais se destacou na cena rock/metal em décadas recentes. O frontman do Slipknot e do Stone Sour contribui para os sentimentos extremados ao não ter medo de se colocar na linha de frente em polêmicas, além de se autopromover através de declarações como:

“Para mim, é o melhor álbum de rock deste ano e do ano que vem.”

Foi assim, em depoimento à Billboard no semestre passado, que o músico apresentou “CMF2”, seu segundo disco solo. Fazer uma aposta do tipo é, sabidamente, algo perigoso. Afinal de contas, você pode acabar pagando com a língua, que é o que geralmente acontece com qualquer artista. A expectativa criada vai ser compreensivelmente maior do que a habitual possibilidade de entrega.

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E é justamente aí que reside o problema quando apertamos o play para a audição. A obra tem seus pontos positivos, não dá para negar. Há vários momentos dignos de registro, como a vigorosa “Post Traumatic Blues”, a excelente southern “Breath of Fresh Smoke” e o groove marcante de “Punchline”, melhor momento de todo o play.

Além disso, é imprescindível ressaltar que Corey é um ótimo vocalista, se valendo de variações que nem sempre pode usar em seu emprego principal. A banda de apoio também é eficiente, oferecendo o necessário sem maiores brilhos.

Porém, há escorregadas feias, como “Beyond”, primeiro single. Uma música com pouco mais de quatro minutos, mas que parece interminável em seu tédio. Aliás, essa é uma observação necessária: algumas faixas poderiam ser muito melhor digeridas caso editadas. É o caso de “Talk Sick”, que começa empolgante e vai esmorecendo em um excesso de repetições infundadas.

Talvez o que falte a Corey seja justamente o foco que os colegas de bandas – especialmente o Slipknot, já que o Stone Sour parece que ainda vai demorar um pouco a ressurgir – lhe oferecem em um trabalho coletivo. “CMF2” irá fazer um barulho por conta do nome de peso que o conduz. A longo prazo, no entanto, tem tudo para figurar em um limbo na discografia de alguém que já gravou material muito mais relevante – inclusive em tempos recentes.

*Ouça “CMF2” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Corey Taylor — “CMF2”

1. The Box

2. Post Traumatic Blues

3. Talk Sick

4. Breath of Fresh Smoke

5. Beyond

6. We Are the Rest

7. Midnight

8. Starmate

9. Sorry Me

10. Punchline

11. Someday I’ll Change Your Mind

12. All I Want Is Hate

13. Dead Flies

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ESCOLHAS DO EDITOR
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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Para o bem e para o mal, Corey Taylor é uma das figuras que mais se destacou na cena rock/metal em décadas recentes. O frontman do Slipknot e do Stone Sour contribui para os sentimentos extremados ao não ter medo de se colocar na linha de frente em polêmicas, além de se autopromover através de declarações como:

“Para mim, é o melhor álbum de rock deste ano e do ano que vem.”

Foi assim, em depoimento à Billboard no semestre passado, que o músico apresentou “CMF2”, seu segundo disco solo. Fazer uma aposta do tipo é, sabidamente, algo perigoso. Afinal de contas, você pode acabar pagando com a língua, que é o que geralmente acontece com qualquer artista. A expectativa criada vai ser compreensivelmente maior do que a habitual possibilidade de entrega.

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E é justamente aí que reside o problema quando apertamos o play para a audição. A obra tem seus pontos positivos, não dá para negar. Há vários momentos dignos de registro, como a vigorosa “Post Traumatic Blues”, a excelente southern “Breath of Fresh Smoke” e o groove marcante de “Punchline”, melhor momento de todo o play.

Além disso, é imprescindível ressaltar que Corey é um ótimo vocalista, se valendo de variações que nem sempre pode usar em seu emprego principal. A banda de apoio também é eficiente, oferecendo o necessário sem maiores brilhos.

Porém, há escorregadas feias, como “Beyond”, primeiro single. Uma música com pouco mais de quatro minutos, mas que parece interminável em seu tédio. Aliás, essa é uma observação necessária: algumas faixas poderiam ser muito melhor digeridas caso editadas. É o caso de “Talk Sick”, que começa empolgante e vai esmorecendo em um excesso de repetições infundadas.

Talvez o que falte a Corey seja justamente o foco que os colegas de bandas – especialmente o Slipknot, já que o Stone Sour parece que ainda vai demorar um pouco a ressurgir – lhe oferecem em um trabalho coletivo. “CMF2” irá fazer um barulho por conta do nome de peso que o conduz. A longo prazo, no entanto, tem tudo para figurar em um limbo na discografia de alguém que já gravou material muito mais relevante – inclusive em tempos recentes.

*Ouça “CMF2” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Corey Taylor — “CMF2”

1. The Box

2. Post Traumatic Blues

3. Talk Sick

4. Breath of Fresh Smoke

5. Beyond

6. We Are the Rest

7. Midnight

8. Starmate

9. Sorry Me

10. Punchline

11. Someday I’ll Change Your Mind

12. All I Want Is Hate

13. Dead Flies

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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