A parceria entre o produtor canadense Bob Ezrin e Alice Cooper teve início no álbum “Love it to Death” (1971), quando o nome ainda pertencia à banda, ao invés de seu vocalista. Desde então, a colaboração se repetiu em vários momentos, tendo se intensificado na última década, especialmente a partir de “Welcome 2 My Nightmare” (2011), sequência da obra que ambos assinaram em 1975.
O fruto mais recente é “Road”, disponibilizado nas últimas semanas. Em entrevista à revista Vulture, o alter ego de Vincent Furnier falou sobre como se dá a decisão de reeditar a dupla. E também ressaltou a importância do amigo na sua descoberta artística.
“Gravamos os últimos cinco discos juntos e há mais um guardado que já está pronto. Bob é a outra metade de Alice Cooper, o nosso George Martin. Quando veio para a banda, tínhamos acabado de gravar dois álbuns com Frank Zappa, que realmente não se importava se acertássemos. Ele nos via mais como um ato estranho, enquanto queríamos ser levados a sério.”
Foi quando o então novo amigo sugeriu:
“Bob Ezrin apareceu e disse: ‘Por que quando vocês ouvem o The Doors sabem quem eles são? Por que eles têm um som característico. Isso é o que vocês não têm. Vamos desenvolver o som de Alice.’ Isso apareceu quando ‘Love It to Death’ foi lançado. Você ouvia aquele disco e pensava: ‘Ah, isso aqui é Alice Cooper’.”
O cantor finaliza com uma reflexão filosófica.
“Bob é o único além de mim que entende a personalidade de Alice, a personagem que interpreto. Nós sentávamos no estúdio, fazíamos um vocal, olhávamos para trás e concluíamos: ‘Alice nunca diria isso’.”
Bob Ezrin além de Alice Cooper
Além de Alice Cooper, Bob Ezrin trabalhou em obras fundamentais de artistas como Kiss, Pink Floyd, Lou Reed e Hanoi Rocks.
Recentemente, deu início a uma frutífera parceria com o Deep Purple, tendo assinado a produção de seus últimos discos.
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