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Adrian Vandenberg revisita seu período no Whitesnake com “Sin”

Quinto álbum da banda que leva o nome do guitarrista holandês é seu trabalho mais consistente desde o retorno às atividades

O guitarrista holandês Adrian Vandenberg foi um dos mais fiéis companheiros de David Coverdale no Whitesnake, uma banda amplamente conhecida por não manter formações por muito tempo. Mesmo assim, o próprio já declarou nunca ter tido a real oportunidade de contribuir como queria com o lendário vocalista.

O álbum homônimo foi uma superprodução nada intimista. Em “Slip of the Tongue”, ele estava lesionado e coube a Steve Vai gravar todas as partes do instrumento. Já “Restless Heart” foi um trabalho solo do cantor, buscando outro tipo de sonoridade. Sendo assim, a parceria foi longeva, mas não completa.

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Após ter retomado atividades em anos recentes com o Moonkings, o músico reativou a banda que leva seu sobrenome com o álbum “2020”. Apesar de alguns momentos interessantes e de ter obtido um interessante 2º lugar na parada de sua terra natal, o disco não ficou exatamente como esperado. Agora, a coisa parece mais nos eixos com “Sin”.

A grande mudança para o quinto trabalho de inéditas veio no microfone. Saiu o chileno multibandas Ronnie Romero (Rainbow, Elegant Weapons, Lords of Black) e entrou o sueco Mats Levén (ex-Yngwie Malmsteen, Candlemass, Therion). Com um registro mais próximo do ideal para os planos de Adrian, a parceria se pagou com sobras.

O disco flui de forma concisa, com um hard/heavy escorado em influências blueseiras, pronto para satisfazer quem conheceu Adrian por seu momento de maior fama na carreira. Propositalmente ou não, Mats faz de tudo para soar o mais próximo de Coverdale e se dá bem na maior parte do tempo, como na dobradinha eficiente de abertura, formada por “Thunder and Lightning” e “House on Fire”.

A faixa-título bebe na fonte Pageana, remetendo tanto a “Kashmir” do Led Zeppelin quanto a “Judgment Day”, do Whitesnake. O groove volta a tomar conta na ótima “Light it Up”, enquanto “Walking on Water” combina bem uma pegada mais soturna com o hard tradicional. Na segunda metade do tracklist, destaques para os bons riffs de “Hit the Ground Running” e o encerramento com a pesada “Out of the Shadows”, trazendo performance acima da média de todos os envolvidos.

Além da dupla de frente, a banda conta com o baixista Randy van der Elsen (Tank) e o baterista Koen Herfst. A produção ficou a cargo do experiente Bob Marlette (Black Sabbath, Alice Cooper, Rob Zombie). A despeito de uma ou outra escorregada durante a audição, “Sin” se firma como o melhor trabalho de Adrian Vandenberg em um longo tempo. Só podiam ter caprichado um pouco mais na capa, já que essa ficou feia de doer.

*Ouça “Sin” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Vandenberg – “Sin”

1. Thunder and Lightning

2. House On Fire

3. Sin

4. Light It Up

5. Walking On Water

6. Burning Skies

7. Hit the Ground Running

8. Baby, You’ve Changed

9. Out of the Shadows

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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O guitarrista holandês Adrian Vandenberg foi um dos mais fiéis companheiros de David Coverdale no Whitesnake, uma banda amplamente conhecida por não manter formações por muito tempo. Mesmo assim, o próprio já declarou nunca ter tido a real oportunidade de contribuir como queria com o lendário vocalista.

O álbum homônimo foi uma superprodução nada intimista. Em “Slip of the Tongue”, ele estava lesionado e coube a Steve Vai gravar todas as partes do instrumento. Já “Restless Heart” foi um trabalho solo do cantor, buscando outro tipo de sonoridade. Sendo assim, a parceria foi longeva, mas não completa.

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Após ter retomado atividades em anos recentes com o Moonkings, o músico reativou a banda que leva seu sobrenome com o álbum “2020”. Apesar de alguns momentos interessantes e de ter obtido um interessante 2º lugar na parada de sua terra natal, o disco não ficou exatamente como esperado. Agora, a coisa parece mais nos eixos com “Sin”.

A grande mudança para o quinto trabalho de inéditas veio no microfone. Saiu o chileno multibandas Ronnie Romero (Rainbow, Elegant Weapons, Lords of Black) e entrou o sueco Mats Levén (ex-Yngwie Malmsteen, Candlemass, Therion). Com um registro mais próximo do ideal para os planos de Adrian, a parceria se pagou com sobras.

O disco flui de forma concisa, com um hard/heavy escorado em influências blueseiras, pronto para satisfazer quem conheceu Adrian por seu momento de maior fama na carreira. Propositalmente ou não, Mats faz de tudo para soar o mais próximo de Coverdale e se dá bem na maior parte do tempo, como na dobradinha eficiente de abertura, formada por “Thunder and Lightning” e “House on Fire”.

A faixa-título bebe na fonte Pageana, remetendo tanto a “Kashmir” do Led Zeppelin quanto a “Judgment Day”, do Whitesnake. O groove volta a tomar conta na ótima “Light it Up”, enquanto “Walking on Water” combina bem uma pegada mais soturna com o hard tradicional. Na segunda metade do tracklist, destaques para os bons riffs de “Hit the Ground Running” e o encerramento com a pesada “Out of the Shadows”, trazendo performance acima da média de todos os envolvidos.

Além da dupla de frente, a banda conta com o baixista Randy van der Elsen (Tank) e o baterista Koen Herfst. A produção ficou a cargo do experiente Bob Marlette (Black Sabbath, Alice Cooper, Rob Zombie). A despeito de uma ou outra escorregada durante a audição, “Sin” se firma como o melhor trabalho de Adrian Vandenberg em um longo tempo. Só podiam ter caprichado um pouco mais na capa, já que essa ficou feia de doer.

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