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Os 12 melhores guitarristas de todos os tempos, segundo Slash

Músico não se limitou a nomes individuais, elencando figuras que se encaixavam no mesmo contexto sonoro

Slash é a referência guitarrística para gerações posteriores ao estouro do Guns N’ Roses. Seu visual, sua pegada simples e eficiente, a maneira como escancara a personalidade, tudo se encaixa no que é capaz de atrair um aspirante. E ele sabe muito bem como é estar nessa situação.

Em artigo de 2014 ao Esquire, o homem da cartola e da Les Paul escolheu seus heróis no instrumento que o consagrou. Alguns nomes foram citados em conjunto, se encaixando no contexto.

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Joe Perry e Brad Whitford (Aerosmith): “Esses dois caras sempre personificaram a guitarra de rock para mim. Fazem o tipo de fraseado, atitude e agressividade que me atraiu quando estava começando. O álbum ‘Rocks’ foi o catalisador para a direção que eu segui como músico. Aquele tipo de som atrevido, malvado, alto, barulhento e frenético. Foram a minha maior influência e ainda são.”

Jeff Beck e Jimmy Page: “Há um monte de guitarristas britânicos que cresci ouvindo e que foram os pioneiros da guitarra solo do rock ‘n’ roll nos anos 70. Jimmy Page e Jeff Beck possuem personalidades realmente identificáveis na guitarra. Eu me identifiquei com as técnicas de Jimmy Page e muito de seu fraseado quando criança. Tomei conhecimento do Led Zeppelin quando provavelmente tinha sete anos de idade. O som de ‘Whole Lotta Love’, essa introdução onde a guitarra entra, depois o baixo, a bateria e tudo mais, foi definitivamente o tipo de coisa mais primitiva, mais desprezível e sexy que havia ouvido até aquele ponto. Foi a introdução ao hedonismo que iria ser os anos setenta. Nem sabia que tocaria guitarra no futuro, mas isso se destaca para mim como o momento mais influente que Jimmy e o Led Zeppelin tiveram sobre mim. E considero Jeff Beck o melhor guitarrista solo de todos os tempos.”

Billy Gibbons (ZZ Top): “Aqui temos alguém que é um amigo. Mas muito antes de eu realmente conhecê-lo, já era um dos mais saborosos guitarristas de R&B e blues elétrico que já tinha ouvido. Tanto quanto identifiquei com um certo tom e um certo estilo de juntar notas, ele tem muita alma e um som de guitarra maravilhoso. É obviamente muito, muito conhecido em todos os círculos, tanto entre músicos quanto fãs. Mesmo assim, às vezes acho que é subestimado, considerando o quão bom ele realmente é.”

Mick Taylor: “A coisa com os Rolling Stones é que eles têm um som tão conjunto que muitas vezes você realmente não diferencia entre Keith Richards e quem está tocando a guitarra solo. Você apenas ouve como um todo, o de certa forma é uma grande declaração do que significa ser uma banda. Mas o período em que Mick Taylor esteve com eles, no que diz respeito à guitarra solo, foi meu período favorito, a trilha sonora da minha juventude. Quando comecei a tocar, reconheci o quão maravilhosa era a guitarra principal e muito daquele material que eu tanto amava tinha a ver com a presença de Mick Taylor.”

B.B. King e Albert King: “De todos os grandes guitarristas de blues que conheço e com quem cresci ao longo dos anos, B.B. e Albert foram os dois caras com quem mais me identifiquei do ponto de vista do fraseado, da escolha de notas e certos tipos de sons. Os estilos de ambos realmente falaram comigo.”

Rory Gallagher: “Foi um dos guitarristas que me atraiu muito jovem. Ninguém mais que eu conhecia era realmente muito ligado nele, pelo menos em Hollywood. Estavam mais ligados em caras como Randy Rhoads. Rory não soa como qualquer outra pessoa. Há um milhão de músicos na linha de Stevie Ray Vaughan, mas nunca ouvi ninguém que pudesse realmente soar como Rory Gallagher. Ele tinha um tipo de tom e abordagem muito individual e independente. Sempre foi um grande herói para mim.”

Pete Townshend (The Who): “Ele não é um guitarrista solo, ou ao menos não se considera. Mas teve um grande impacto em mim desde o primeiro dia. Tocava na banda favorita do meu pai. E muito disso tinha a ver com a natureza agressiva de sua forma de tocar. Então, sempre me identifiquei com o The Who e com aquele som. Quando comecei a tocar, passei a prestar ainda mais atenção nele. É um dos melhores guitarristas rítmicos da história, junto com Keith Richards. Apenas alguém que realmente tem uma sensação de tocar na batida e ter grande impacto. Ótima dinâmica, realmente emocionante. Todo mundo tentou soar como Pete Townshend em algum momento ou outro e falhou.”

Joe Walsh (Eagles, James Gang): “É provavelmente um dos guitarristas mais agradáveis de se ouvir. Desde muito antes dos Eagles, quando estava no James Gang. Tem uma maneira discreta, mas ótima de tocar.”

Jimi Hendrix: “Ele foi o desbravador da guitarra elétrica solo. Mesmo os caras que vieram antes, como Clapton e Beck, reconhecem. Era o homem selvagem primitivo, com talento saindo pelos poros. Representava os extremos de todas as diferentes nuances que todos os diferentes guitarristas antes dele tinham. Jimi ainda é o cara. Seu material resiste ao teste do tempo todos esses anos depois.”

Sobre Slash

Nascido na Inglaterra, Saul Hudson ganhou o nome em homenagem ao cartunista e ilustrador romeno Saul Steinberg. Sua mãe era designer de roupas e trabalhou com David Bowie, Ringo Starr e Janis Joplin. Seu pai fez capas de discos para Joni Mitchell e Neil Young.

Seu apelido foi dado pelo ator Seymour Cassel, referência ao fato de o então inquieto menino passar o tempo todo correndo de um lado para o outro. Passou por uma série de bandas no início dos anos 1980. Chegou a ser testado para a vaga de guitarrista do Poison, que acabou optando por C.C. DeVille.

Tudo se alinhou quando foi convidado por Axl Rose e Izzy Stradlin a se juntar ao Guns N’ Roses, assim como seus já amigos Steven Adler e Duff McKagan. Permaneceu até 1996, retornando vinte anos mais tarde e ajudando a construir uma das bandas mais bem-sucedidas da história.

No meio tempo, teve vários grupos e projetos, como o Slash’s Snakepit, Slash’s Blues Ball, Velvet Revolver e a carreira solo, com o Myles Kennedy & The Conspirators. Ainda participou de trabalhos de uma série de artistas que seria grande demais para resumir.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Músico não se limitou a nomes individuais, elencando figuras que se encaixavam no mesmo contexto sonoro

Slash é a referência guitarrística para gerações posteriores ao estouro do Guns N’ Roses. Seu visual, sua pegada simples e eficiente, a maneira como escancara a personalidade, tudo se encaixa no que é capaz de atrair um aspirante. E ele sabe muito bem como é estar nessa situação.

Em artigo de 2014 ao Esquire, o homem da cartola e da Les Paul escolheu seus heróis no instrumento que o consagrou. Alguns nomes foram citados em conjunto, se encaixando no contexto.

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Joe Perry e Brad Whitford (Aerosmith): “Esses dois caras sempre personificaram a guitarra de rock para mim. Fazem o tipo de fraseado, atitude e agressividade que me atraiu quando estava começando. O álbum ‘Rocks’ foi o catalisador para a direção que eu segui como músico. Aquele tipo de som atrevido, malvado, alto, barulhento e frenético. Foram a minha maior influência e ainda são.”

Jeff Beck e Jimmy Page: “Há um monte de guitarristas britânicos que cresci ouvindo e que foram os pioneiros da guitarra solo do rock ‘n’ roll nos anos 70. Jimmy Page e Jeff Beck possuem personalidades realmente identificáveis na guitarra. Eu me identifiquei com as técnicas de Jimmy Page e muito de seu fraseado quando criança. Tomei conhecimento do Led Zeppelin quando provavelmente tinha sete anos de idade. O som de ‘Whole Lotta Love’, essa introdução onde a guitarra entra, depois o baixo, a bateria e tudo mais, foi definitivamente o tipo de coisa mais primitiva, mais desprezível e sexy que havia ouvido até aquele ponto. Foi a introdução ao hedonismo que iria ser os anos setenta. Nem sabia que tocaria guitarra no futuro, mas isso se destaca para mim como o momento mais influente que Jimmy e o Led Zeppelin tiveram sobre mim. E considero Jeff Beck o melhor guitarrista solo de todos os tempos.”

Billy Gibbons (ZZ Top): “Aqui temos alguém que é um amigo. Mas muito antes de eu realmente conhecê-lo, já era um dos mais saborosos guitarristas de R&B e blues elétrico que já tinha ouvido. Tanto quanto identifiquei com um certo tom e um certo estilo de juntar notas, ele tem muita alma e um som de guitarra maravilhoso. É obviamente muito, muito conhecido em todos os círculos, tanto entre músicos quanto fãs. Mesmo assim, às vezes acho que é subestimado, considerando o quão bom ele realmente é.”

Mick Taylor: “A coisa com os Rolling Stones é que eles têm um som tão conjunto que muitas vezes você realmente não diferencia entre Keith Richards e quem está tocando a guitarra solo. Você apenas ouve como um todo, o de certa forma é uma grande declaração do que significa ser uma banda. Mas o período em que Mick Taylor esteve com eles, no que diz respeito à guitarra solo, foi meu período favorito, a trilha sonora da minha juventude. Quando comecei a tocar, reconheci o quão maravilhosa era a guitarra principal e muito daquele material que eu tanto amava tinha a ver com a presença de Mick Taylor.”

B.B. King e Albert King: “De todos os grandes guitarristas de blues que conheço e com quem cresci ao longo dos anos, B.B. e Albert foram os dois caras com quem mais me identifiquei do ponto de vista do fraseado, da escolha de notas e certos tipos de sons. Os estilos de ambos realmente falaram comigo.”

Rory Gallagher: “Foi um dos guitarristas que me atraiu muito jovem. Ninguém mais que eu conhecia era realmente muito ligado nele, pelo menos em Hollywood. Estavam mais ligados em caras como Randy Rhoads. Rory não soa como qualquer outra pessoa. Há um milhão de músicos na linha de Stevie Ray Vaughan, mas nunca ouvi ninguém que pudesse realmente soar como Rory Gallagher. Ele tinha um tipo de tom e abordagem muito individual e independente. Sempre foi um grande herói para mim.”

Pete Townshend (The Who): “Ele não é um guitarrista solo, ou ao menos não se considera. Mas teve um grande impacto em mim desde o primeiro dia. Tocava na banda favorita do meu pai. E muito disso tinha a ver com a natureza agressiva de sua forma de tocar. Então, sempre me identifiquei com o The Who e com aquele som. Quando comecei a tocar, passei a prestar ainda mais atenção nele. É um dos melhores guitarristas rítmicos da história, junto com Keith Richards. Apenas alguém que realmente tem uma sensação de tocar na batida e ter grande impacto. Ótima dinâmica, realmente emocionante. Todo mundo tentou soar como Pete Townshend em algum momento ou outro e falhou.”

Joe Walsh (Eagles, James Gang): “É provavelmente um dos guitarristas mais agradáveis de se ouvir. Desde muito antes dos Eagles, quando estava no James Gang. Tem uma maneira discreta, mas ótima de tocar.”

Jimi Hendrix: “Ele foi o desbravador da guitarra elétrica solo. Mesmo os caras que vieram antes, como Clapton e Beck, reconhecem. Era o homem selvagem primitivo, com talento saindo pelos poros. Representava os extremos de todas as diferentes nuances que todos os diferentes guitarristas antes dele tinham. Jimi ainda é o cara. Seu material resiste ao teste do tempo todos esses anos depois.”

Sobre Slash

Nascido na Inglaterra, Saul Hudson ganhou o nome em homenagem ao cartunista e ilustrador romeno Saul Steinberg. Sua mãe era designer de roupas e trabalhou com David Bowie, Ringo Starr e Janis Joplin. Seu pai fez capas de discos para Joni Mitchell e Neil Young.

Seu apelido foi dado pelo ator Seymour Cassel, referência ao fato de o então inquieto menino passar o tempo todo correndo de um lado para o outro. Passou por uma série de bandas no início dos anos 1980. Chegou a ser testado para a vaga de guitarrista do Poison, que acabou optando por C.C. DeVille.

Tudo se alinhou quando foi convidado por Axl Rose e Izzy Stradlin a se juntar ao Guns N’ Roses, assim como seus já amigos Steven Adler e Duff McKagan. Permaneceu até 1996, retornando vinte anos mais tarde e ajudando a construir uma das bandas mais bem-sucedidas da história.

No meio tempo, teve vários grupos e projetos, como o Slash’s Snakepit, Slash’s Blues Ball, Velvet Revolver e a carreira solo, com o Myles Kennedy & The Conspirators. Ainda participou de trabalhos de uma série de artistas que seria grande demais para resumir.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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