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O maior arrependimento de Nuno Bettencourt com o Extreme

Guitarrista português gostaria que a banda tivesse sido um pouco menos levada por decisões de empresários e contadores

Por mais que o Extreme seja uma muito maior do que um hit, a banda sempre será lembrada pelo público generalista por conta de “More Than Words”. A faixa do segundo álbum, “Extreme II: Pornograffitti” (1990), nem representa a sonoridade do grupo de forma exata. Porém – ou até justamente por isso –, é o seu inegável cartão de visitas.

Porém, outro fator que fez com que o quarteto ficasse bastante marcado pela balada acústica foi a inconstância de lançamentos. Em entrevista ao canal da revista Hear 2 Zen, transcrita pelo Killer Guitar Rigs, o guitarrista Nuno Bettencourt refletiu sobre o que faria diferente caso pudesse dar um conselho a si mesmo quando jovem.

“Acho que um dos maiores arrependimentos ou erros que cometi foi não ser maduro o suficiente para entender o que estava sentindo. E eu meio que culpo um pouco nossos managers, contadores, as pessoas que estavam ganhando dinheiro conosco e que não queriam nos ver fazer pausas, indo e vindo entre turnês e álbuns. Foi quando eu deixei a banda, o que acabou com Gary (Cherone, vocalista) indo para o Van Halen e eu fazendo algumas coisas solo.”

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Ainda assim, o músico português deixa claro não considerar um erro ter buscado outros trabalhos.

“Não lamento essas coisas, achei ótimo tanto para mim quanto para Gary. Mas eu não era maduro o suficiente, minha cabeça não estava no lugar onde eu poderia simplesmente dar uma parada. Era como se sempre estivéssemos apostando tudo ou nada. As coisas ficaram um pouco complicadas com a banda e não soubemos dizer ‘Quer saber? Só precisamos dar um tempo uns dos outros.’”

Maior produtividade

Em conclusão, hoje a banda poderia ter ao menos um pouco mais do que os seis discos que compõem sua discografia de estúdio.

“Hoje, esses 10 anos em que não fizemos nada me decepcionam. Eu amo todas as coisas que fiz musicalmente durante esses tempos em projetos diferentes. Mas no que diz respeito ao Extreme, a nave-mãe de tudo, não acho que tenha sido bem resolvido de minha parte. E poderia ter sido. Deveríamos ter 13 álbuns lançados neste momento. Mas a vida é o que é. E tudo o que deveria ser foi feito para ser porque aconteceu.”

Extreme e “Six”

No último mês de junho, o Extreme lançou “Six”, seu primeiro álbum de material inédito em 15 anos. O disco foi impulsionado pela repercussão do single “Rise”, que contava com um verdadeiro show solo de Nuno, tendo viralizado massivamente online. Com o feedback, o trabalho entrou em várias paradas internacionais.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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