Quem acompanha a carreira e o extenso currículo de Steve Lukather entre bandas, projetos e registros como músico de estúdio, deve imaginar que ele possui uma extensa coleção de instrumentos, especialmente guitarras. A premissa é verdade apenas até certo ponto.
Em recente entrevista à Guitar World, o instrumentista refletiu sobre a relação com o que o tornou famoso mundialmente. E relatou experiências marcantes da infância.
“Tive um violão Kay horrível, comprado em uma drogaria. Era doloroso tentar tirar algum som dele. Também me deram uma guitarra Astrotone que caiu e quebrou. Então, a saída era pegar outras emprestadas. Gibsons e Fenders já existiam, mas era raro conhecer alguém que era dono de alguma.”
Sendo assim, a saída do jovem Steve era literalmente fazer “turismo guitarrístico” quando possível.
“Meu pai vivia na estrada trabalhando atrás das câmeras no ramo de filmes para televisão. Quando chegava em casa perguntava: ‘aonde você quer ir?’ Em vez de lojas de brinquedos, queria ir nas de guitarras, tocar com todas aquelas caras pelas quais ele não podia pagar.”
Em uma dessas ocasiões, veio o momento que marcou a vida do músico.
“Uma vez entrei lá e peguei essa Les Paul Deluxe da parede. Estava tocando pra caramba, eu acho. Ia devolver quando meu pai disse: ‘bem, vamos colocar no carro…’ Pensei que ele fosse comprar um amplificador para mim, mas ele disse: ‘não, a guitarra também’. Ele desistiu de comprar um carro novo para me dar um amplificador Ampeg VT-22 e uma Les Paul Deluxe. Meus pais eram ótimos.”
O tempo passou e Lukather não se considera mais um colecionador. Hoje, ele deixa essa função para colegas mais novos.
“Deixo esse tipo de hobby para Joe Bonamassa, que é um dos maiores de todos os tempos e um grande amigo meu. Quero dizer, a casa dele fede a case de Les Paul velha!”
Sobre Steve Lukather
Nascido em San Fernando Valley, Califórnia, Steven Lee Lukather é guitarrista, eventual vocalista e único membro a participar de todas as formações do Toto. Desde 2012 é integrante da All-Starr Band, de Ringo Starr. Também possui nove álbuns solo. O mais recente, “Bridges”, saiu recentemente.
Ainda gravou em colaboração com Carlos Santana, Jeff Beck, Edgar Winter e Larry Carlton, além dos projetos Los Lobotomys e El Grupo. Como músico de estúdio, possui créditos em mais de 1,5 mil trabalhos. Entre eles está “Thriller” (1982), de Michael Jackson, o disco mais vendido de todos os tempos.
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Luke e David Paich são a cara do Toto, a minha banda favorita.