Apesar de ter registrado alguns momentos de jams até mesmo nos discos – vide as últimas faixas do álbum de estreia –, o Black Sabbath não pode ser classificado como uma banda realmente inclinada a maiores improvisos nos palcos.
Durante aparição no “Trunk Nation”, do sistema pago de rádio SiriusXM (com transcrição do Music Radar), o guitarrista Tony Iommi refletiu sobre o tema. E concluiu que, em vários momentos, a banda exagerou nesse aspecto.
“Desde os anos 70 eu sempre toquei um solo. Reconheço que me empolguei um pouco demais às vezes. Ouvindo hoje, penso: ‘P*ta merda! Isso foi um pouco exagerado. Muito tempo.’ Mas você meio que é dominado por isso, se deixa levar e nem parece tão longo quanto é. Além disso, todo mundo fazia solos de guitarra e de bateria naquela época. Nós continuamos e continuamos, sempre fizemos.”
Porém, houve um momento em que a situação saiu do controle dos membros originais, graças ao segundo vocalista do grupo.
“Ronnie James Dio me encorajava a prolongar os solos. Ele dizia: ‘Toque um solo mais longo. Toque isso.’ Era bom ouvir isso em vez de, ‘Oh, não toque um solo!’ Foi bom ser encorajado dessa forma, fazíamos isso um com o outro. Ele conseguia cantar não apenas as músicas que criamos, como as da formação original. Foi um período em que éramos muito entrosados.”
Tony Iommi e Ronnie James Dio
Iommi e Dio tocaram juntos de 1980 a 1982. Uma reunião ocorreu em 1992, com outra em 2006 – na última vez usando o nome Heaven and Hell, já que o Black Sabbath original continuava na ativa. A parceria se estendeu até 2010, quando o vocalista faleceu em decorrência de um câncer estomacal.
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