Ronnie Radke é banido das redes após falas consideradas transfóbicas

Vocalista do Falling in Reverse tomou ban do TikTok e sofreu “shadow ban” do Twitter por questionar definições de gênero com malabarismos verbais

Ronnie Radke, vocalista do Falling in Reverse, foi banido do TikTok. Ao reclamar no Twitter, alegou ter sofrido um “shadow ban” – tendo seu perfil excluído das ferramentas de procura – por conta de falas consideradas transfóbicas.

Tudo começou quando o músico foi à plataforma de Elon Musk reivindicar sua liberdade de expressão. Ele escreveu:

“Imagine ter seu TikTok deletado, perder seu emprego ou ser alienado por dizer que uma mulher trans não pode menstruar. Todos vocês têm mães, irmãs, esposas, namoradas e sabem muito bem as lutas de ser uma mulher nascida e as dores de endometriose etc e tem a audácia de tentar silenciar ou censurar a realidade. BESTEIRA.”

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Juntamente com as imagens da influenciadora trans Dylan Mulvaney segurando um absorvente, Radke seguiu:

“As pessoas que me chamam de mulherengo, abusador e fanático são as mesmas que apoiam a ideologia de que trans pode menstruar e apoiam empresas de absorventes internos que fazem do trans o porta-voz. É extremamente ofensivo para todas as mulheres zombar de sua biologia. Parem de fingir que está tudo bem.”

A seguir, o cantor continuou promovendo uma série de ataques típicos de quem perde a lucidez e parte para a ignorância desenfreada.

“Eu mudei oficialmente minhas letras em ‘I’m Not a Vampire’ de: ‘Sinto-me como uma senhora que está grávida de um bebê’ para ‘Sinto-me como uma parturiente que está grávida de uma pessoa que já nasceu’. Por favor, gostem de mim.”

“Não sou uma pessoa que dá à luz, mas às vezes me sinto assim.”

“Essas são as pessoas que defendem o bom senso, todas as crianças impressionáveis se escondendo atrás de avatares de desenhos animados. Se você não acha que isso é insanamente revelador sobre o futuro, não sei o que será. Fizemos lavagem cerebral em crianças para pensar que biologia básica e comum sentido precisa ser discutido. A confusão das crianças americanas é a agenda para os poderes constituídos, dividir e conquistar. Um homem não é um homem e uma mulher não é mais uma mulher, ninguém pode dizer o que é uma mulher, todos estão com medo de serem publicamente constrangidos por isso. Nunca fui à escola na 4ª série e me preocupei com minha sexualidade. Eu estava animado para ir para casa e brincar com brinquedos e andar de bicicleta, isso vai se consertar? Ou estamos todos condenados, como na Roma 476 D.C.?”

Após reações de seguidores, Radke também trouxe a questão racial para o centro da discussão:

“Legal, me identifico como negro, recebo minhas reparações agora?”

“Não é uma coisa completamente diferente, você precisa respeitar o fato de eu me identificar como homem negro. Se você quer que eu respeite você se identificar como mulher, você não pode escolher.”

“Então você está dizendo que não posso escolher me identificar com o que eu quiser? Mas você tem permissão? Isso é transfóbico.”

“Eu me identifico como uma boa pessoa por causa de quantas pessoas eu ajudei silenciosamente financeiramente, emocionalmente e espiritualmente, mas vocês dizem que eu sou uma pessoa ruim, então TODOS vocês são literalmente transfóbicos, fanáticos por assumir a identidade errada de eu e não vou tolerar isso.”

A seguir, o frontman foi informado que não estava sendo localizado na função de procura do Twitter.

“Estou banido. A liberdade de expressão está morta, a América caiu.”

Histórico de Ronnie Radke

Vale lembrar que Ronnie Radke já esteve preso após ser condenado por participação em um assassinato. Também teve acusações de violência doméstica, estupro e agressão a fãs durante um show.

Anteriormente, o cantor já teve uma série de posts transfóbicos em suas redes sociais resgatados – e posteriormente apagados.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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