Prestes a concluir sua atual turnê de despedida, “End of the Road”, o Kiss já esteve em outro giro de adeus, entre 2000 e 2001: a “Farewell Tour”, ainda com Ace Frehley (guitarra) e Peter Criss (bateria) ao lado dos chefes Paul Stanley (voz e guitarra) e Gene Simmons (voz e baixo). Na época, o último citado já refletia sobre a finitude de sua carreira musical.
A reflexão fazia o Demon lembrar-se de uma de suas bandas favoritas. Para ele, os Rolling Stones são uma prova de que toda regra pode ser quebrada, algo que o inspirou em seus trabalhos.
Em entrevista concedida no ano 2000 ao programa Morning X (via Rock Celebrities), acompanhado de Criss, Simmons começou dizendo:
“Os Stones sempre foram uma de nossas bandas favoritas. Eles são, absolutamente, a prova viva de que toda regra pode ser quebrada. Você sabe, quando estávamos crescendo, Peter e eu tínhamos essa coisa. Era aquela frase: ‘não acredite em ninguém que tem mais de 30 (anos)’. Era o que ouvíamos. Era do tipo: ‘eles não sabem, somos os únicos que sabemos’.”
Apesar disso, o restante de sua declaração não aborda tanto os Stones. O linguarudo compartilhou a visão de que a predisposição para quebrar regras o inspirou com seu grupo a, por exemplo, transitar por outros estilos musicais.
“As pessoas sempre falavam (conosco) de heavy metal. Bem, nós nem sempre cantávamos sobre dragões e elfos ou sobre o bem e o mal. Já fizemos algumas baladas, orquestras sinfônicas e coisas do tipo. Então, antes mesmo de existir algo como o metal, o Kiss já estava na área.”
Por fim, Simmons explicou melhor por que o grupo tinha esse hábito de fugir do habitual em algumas ocasiões.
“A ideia é que você nunca deve ficar preso a um gênero e simplesmente fazer o que você quiser fazer. Desta forma, você sempre estará por perto, porque se o thrash metal morrer, ou o punk morrer, ou o metal morrer ou o rap morrer, todas as bandas alinhadas a um certo gênero de música também vão morrer. O Kiss sempre marchou na batida de seu próprio coração, basicamente.”
Kiss não seguiu só por dinheiro, diz Gene Simmons
Na mesma entrevista, Gene Simmons foi perguntado se o Kiss, nos últimos anos, estava na ativa apenas por conta de dinheiro. O músico, então, destacou que não se tratava disso, ao lembrar que ele e seus colegas já conquistaram o suficiente para ter uma vida confortável.
“Eu não banco essa questão do dinheiro. Uma vez que você tem dinheiro suficiente para você comprar os confortos da vida, o resto é… quero dizer, a diferença entre 10 milhões e 100 milhões é apenas meio que conceitual, porque quando você tem dinheiro suficiente, você consegue comprar qualquer coisa que quiser.”
Menção recente aos Rolling Stones
Duas décadas depois, com o Kiss alegadamente se aposentando em definitivo, os integrantes voltaram a citar os Rolling Stones – que também seguem na ativa. Em diversas entrevistas, Gene Simmons tem dito que se o vocalista Mick Jagger usasse suas famosas botas de dragão, “não duraria meia hora”.
Os shows finais do grupo acontecem nos dias 1 e 2 de dezembro no Madison Square Garden, em Nova York. A notícia cumpre a ideia original, de encerrar atividades na cidade onde tudo começou.
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