Paul McCartney está próximo de anunciar oficialmente os shows de sua próxima turnê pelo Brasil. Dois jornalistas da área — José Norberto Flesch e Lauro Jardim — confirmam que os detalhes devem ser divulgados em breve.
Em publicação no site do jornal O Globo, Jardim vai além e cita em quais cidades Macca se apresentará. Serão cinco, ao todo: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte.
Na capital mineira, de acordo com Lauro Jardim, ele subirá ao palco na recém-inaugurada Arena MRV. Já na Cidade Maravilhosa, segundo Ancelmo Gois, também colunista d’O Globo, o destino será o estádio do Maracanã.
Prevista para o fim do ano (entre novembro e dezembro), esta será a 10ª passagem de Macca por terras brazucas, a 7ª no século atual. Depois de 1990, ele voltou em 1993, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017 e 2019.
Paul McCartney e “McCartney III”
O álbum mais recente de Paul é “McCartney III”, disponibilizado em 2020. Assim como os dois antecessores que levam seu sobrenome, o músico registrou (quase) todos os instrumentos e vocais sozinho.
O trabalho chegou ao top 10 em 18 paradas internacionais, com destaque para o número 1 no Reino Unido, Alemanha e Holanda, além do 2º lugar nos Estados Unidos.
Música “final” dos Beatles
Em meio a seus vários outros projetos (incluindo uma participação em um álbum dos Rolling Stones e um documentário sobre sua carreira pós-Beatles), Paul McCartney confirmou recentemente que está trabalhando naquela que foi definida como a “música final” dos Beatles. Para isso, ele recorreu a inteligência artificial.
Como contou ao programa Today da BBC Radio 4 (via Classic Rock), a faixa em questão já tinha sido composta anteriormente. Para acrescentar os vocais de John Lennon, falecido em 1980, o cineasta Peter Jackson – que dirigiu a série documental “The Beatles: Get Back” (2021) – extraiu a voz do saudoso músico de uma antiga demo, usando a IA. Ou seja: nada de robô recriando Lennon, mas, sim, uma tecnologia para “limpar” o áudio de uma fita antiga.
“Ele conseguiu extrair a voz de John de uma fita. Tínhamos uma música com a voz de John e um piano e ele separou as duas coisas por meio da inteligência artificial. Você controla a máquina dizendo ‘essa é a voz e isso é um violão, tire o violão’. Então, quando fizemos a última música dos Beatles, fomos capazes de pegar a voz de John de uma demo e de extraí-la puramente pela IA. Isso te dá uma espécie de margem de manobra.”
Apesar de não ter confirmado qual é a composição, acredita-se que seja “Now and Then”. Idealizada por Lennon em 1978, a obra foi entregue posteriormente a McCartney através de Yoko Ono, junto das faixas “Free as a Bird” e “Real Love”.
Anos atrás, em 1995, havia rumores de que “Now and Then” seria disponibilizada como um single do projeto “The Beatles Anthology” (1995) – projeto que lançou ao público as já mencionadas “Free as a Bird” e “Real Love”. Mais tarde, em 2007, o jornal Daily Express revelou que Paul tinha planos de soltar uma versão finalizada da canção, com uma performance de arquivo do guitarrista George Harrison, morto em 2001, além de Ringo Starr na bateria e eventuais acréscimos na letra. A ideia foi deixada de lado no período, mas em 2021, desta vez para a The New Yorker, o eterno baixista do Fab Four confirmou o desejo de concluir a música.
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