Uma das cenas mais emblemáticas da adaptação cinematográfica de “The Dirt”, que conta a história do Mötley Crüe, traz Ozzy Osbourne cheirando formigas como se fosse cocaína em uma competição de “loucuras” com a banda. A situação teria ocorrido durante uma turnê que reuniu ambos, em 1984, pela América do Norte.
Embora os músicos do Crüe tenham uma lembrança vívida do caso — a ponto de o incluírem no filme e também no livro que inspirou a trama —, Osbourne não se recorda. Em entrevista à Rolling Stone, o guitarrista Mick Mars, hoje fora do grupo, diz ter sido procurado pelo cantor para saber se aquilo realmente havia acontecido.
“Não consigo me lembrar onde estávamos. Acho que estávamos tocando em algum lugar perto de Bakersfield (nos Estados Unidos). Ozzy veio correndo até o meu camarim. Ele diz: ‘Mick! Mick! Eu realmente cheirei formigas?’ Eu disse: ‘Sim, você cheirou’.”
Curiosamente, o guitarrista de Ozzy à época, Jake E. Lee, tem uma versão diferente para a história. Em declaração de 2019 ao Tone Talk, o músico negou que o ex-patrão tenha cheirado formigas, mas afirmou ser real outra cena bizarra do longa, que traz o cantor lambendo a própria urina.
“Eu estava lá e não vi formiga. Ele cheirou uma pequena aranha. Não havia rastro de formigas lá. Eles estavam chapados, eu não. Eu só estava tentando pegar uma p#rra de bronzeado, enquanto eles estavam doidões. […] Já a urina aconteceu. Começou com um concurso entre Nikki (Sixx, baixista do Mötley Crüe) e Ozzy, na beira da piscina. Eles competiram corrida e, claro, Ozzy perdeu. Ele ficou de saco cheio de perder e se impôs. Ele estava sentado no concreto e a urina começou a sair por baixo dele. Estava esverdeada, porque Ozzy estava tomando muitas vitaminas. Daí, Nikki mijou na garota que estava com ele. Ela estava descansando e não ficou feliz com isso. Como Ozzy mijou no chão e Nikki mijou na garota dele, Ozzy quis superar e começou a lamber a própria urina esverdeada. Foi quando eu falei: ‘ok, tô fora’. Tudo isso aconteceu com famílias do outro lado da piscina – crianças e mulheres olhando horrorizadas, tipo: ‘que p*rra é essa?’.”
Livro e filme
De volta à entrevista para a Rolling Stone, Mick Mars destacou nunca ter lido o livro “The Dirt” — “isso pode soar estranho, mas há partes ali que eu não queria reviver”, diz — e confirmou ter assistido ao filme apenas uma vez. Lançado em 2019, o longa segue disponível na Netflix.
“A única vez que assisti foi na estreia. Achei ok. Você sabe como são os filmes. Não dá para encaixar o livro inteiro em uma hora e meia. Algumas das partes foram um pouco exageradas, mas é um filme divertido.”
Mick Mars e Mötley Crüe
Mick Mars teve sua saída confirmada do Mötley Crüe em outubro de 2022. À época, foi anunciado que o músico se retiraria devido ao progresso da espondiolite anquilosante, doença degenerativa que enfrenta há décadas.
Porém, o próprio Mars acionou o grupo na justiça contestando a decisão meses mais tarde. Ele alega ter perdido direitos após deixar de ser um membro ativo de turnês. Também acusou a banda de práticas nocivas contra sua pessoa, além de denunciar que os músicos fazem uso de bases pré-gravadas em excesso durante os shows. O baixista Nikki Sixx, líder e principal compositor, foi citado como alguém que se vale de playback em 100% de suas performances.
Os remanescentes contestam e alegam que Mick está sendo orientado de forma ludibriadora por seus advogados. John 5, ex-guitarrista de Rob Zombie, Marilyn Manson e David Lee Roth, assumiu a função.
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