A produtora Time for Fun (T4F), responsável por organizar os shows da Taylor Swift no Brasil, recebeu notificações do Procon no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os órgãos querem explicações relacionadas aos problemas relatados na venda de ingressos para as apresentações.
Fãs da cantora que acamparam nas filas ao redor do Engenhão e do Allianz Parque em antecipação para a venda geral se depararam com grandes quantidades de ingressos já vendidas, com os tíquetes físicos se esgotando rápido demais. Além disso, houve muitas reclamações acerca de tumultos nos locais de venda, causados por cambistas, e de problemas na comercialização online.
O Procon quer uma explicação por parte da T4F sobre a organização das filas virtuais, o limite do número de ingressos comprados por pessoa supostamente imposto pela produtora e quais são medidas adotadas a fim de impedir que entradas sejam compradas para revenda. Em entrevista à Veja, o presidente da entidade no Rio, Cássio Coelho, disseafirmou
“[Os revendedores não autorizados] não garantem qualquer segurança ao consumidor, além de revenderem por preços exorbitantes. Caso alguma irregularidade seja comprovada, abriremos processo administrativo”.
Taylor Swift havia anunciado, inicialmente, três apresentações da turnê “The Eras Tour” no Brasil: no dia 18 de novembro, no Rio de Janeiro, e 25 e 26 de novembro, em São Paulo. Após a venda total dos ingressos em tempo recorde, a cantora anunciou duas datas extras: 19 de novembro, na capital fluminense, e 24 do mesmo mês, em terras paulistas.
De acordo com o site do jornal O Globo, existem relatos de ingressos aparecendo logo após o início das vendas em sites não-oficiais de revenda por preços elevados — chegando até a R$ 12 mil. Entre as datas disponibilizadas por cambistas, aparecem até mesmo entradas para shows extras, que ainda nem começaram a ser comercializadas.
A produtora terá até 10 dias para apresentar esclarecimentos ao Procon. Caso tenham ocorrido violações ao direito do consumidor, será aberto um processo administrativo que poderá resultar na aplicação de uma multa que pode chegar a R$ 13 milhões. A empresa ainda não se manifestou.
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