No próximo dia 25 de agosto, Rob Halford completa 72 anos. A essa altura da existência, é inevitável que a pessoa venha a se confrontar com os pensamentos sobre o desfecho da vida. Afinal de contas, a morte se aproxima e é a única certeza que temos, como já diz o chavão.
Mesmo assim, o cantor segue na ativa com o Judas Priest, que está finalizando as gravações do seu próximo álbum de estúdio. Em entrevista à Metal Hammer, o frontman da banda que simboliza o heavy metal em seu esplendor se propôs a fazer uma reflexão em relação ao que lhe espera no futuro.
“Nas últimas semanas tenho pensado nisso. Farei 72 anos e você percebe rapidamente que não está muito longe dos 80. Especialmente quando grande parte do meu mundo gira em ciclos de três anos, que surgem em torno de álbuns. Então, honestamente, só tenho alguns desses ciclos restantes. Você realmente tem que pensar em como pode lidar com essa realidade.”
Porém, Rob garante não ter qualquer receio.
“Eu nunca tive medo da morte, isso não me incomoda nem um pouco. O que eu tenho que encontrar em paz é ser capaz de fazer o que eu amo até o fim chegar. Isso faz você querer viver para sempre.”
Sobre Rob Halford
Rob Halford se consolidou como a grande voz do Judas Priest. Vocalista icônico no heavy metal e inquieto enquanto artista, ele também produziu trabalhos interessantes fora de sua banda principal e carregou bandeiras ainda pouco representadas dentro da comunidade headbanger.
Nascido em Sutton Coldfield, Inglaterra, Robert John Arthur Halford começou a carreira artística no teatro. Sua primeira aventura no rock foi com a banda Hiroshima.
Em 1973 se juntou ao Judas Priest através do contato de sua irmã, Sue, que namorava e se casaria com o baixista Ian Hill. Ocupou a vaga deixada por Al Atkins pouco antes da gravação de “Rocka Rolla” (1974), álbum de estreia do grupo.
A partir dali, a banda construiu lentamente sua trajetória como um dos gigantes do heavy metal ao desenvolver uma sonoridade pesada e marcada por vocais agudos e intensos. Além disso, as guitarras potentes e entrosadas de Glenn Tipton e K.K. Downing construíram a assinatura do grupo.
Permaneceu no Priest até 1992. Retornou em 2003 para não sair mais, ostentando o título de Metal God. O grupo chegou a anunciar uma turnê de despedida em 2011, mas voltou atrás na promessa de se retirar.
Entre 1992 e 1995 comandou o Fight, que lançou dois discos trazendo uma pegada contemporânea e agressiva. Logo a seguir se aventurou por sons mais modernos e industriais no 2wo, que contava com o guitarrista John 5 e foi produzido por Trent Reznor (Nine Inch Nails). O projeto lançou um álbum, “Voyeurs” (1998).
Na virada do século fundou o Halford, se reaproximando do heavy metal tradicional. A marca segue ativa nos intervalos de atividades do Judas Priest com diferentes formações.
Em 1998, o vocalista revelou publicamente ser homossexual, um marco na história do heavy metal, especialmente pela importância de Halford dentro da cena.
Além da importância como vocalista e como figura de destaque na causa LGBTQIA+, Halford foi definitivo para o heavy metal em seu visual. As roupas de couro, tachas, correntes e outros apetrechos inspirados pela cena gay BDSM se tornaram populares através dele, seja em videoclipes, fotos promocionais ou performances ao vivo.
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