Como a Beatlemania representou um despertar sexual, segundo Paul McCartney

Registros feitos pelo músico entre 1963 e 1964 serão transformados em livro e exposição nos próximos meses

Os Beatles não representaram apenas uma revolução musical. O quarteto de Liverpool influenciou um período de mudanças que atingiu o cultural e o social. A sexualidade fez parte desses componentes. Especialmente na primeira visita da banda aos Estados Unidos, ocorrida em 1964.

Uma exposição de registros na National Portrait Gallery, em Londres, irá documentar esse período. O The Guardian teve acesso a um depoimento de Paul McCartney para o evento.

“Foi um período de – o que mais você pode chamar? – pandemônio. Nós, quatro caras de Liverpool, não poderíamos perceber as implicações do que estávamos fazendo. No final de fevereiro de 1964, após nossa visita à América e três aparições no The Ed Sullivan Show, finalmente tivemos que admitir que não iríamos, como originalmente temíamos, apenas fracassar como muitos grupos fazem. Estávamos na vanguarda de algo mais importante, uma revolução na cultura.”

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Obviamente, não parou por aí. As novas experiências estavam disponíveis não apenas para os músicos, mas para todo mundo que se permitiu embarcar.

“Embora não tivéssemos perspectiva na época, estávamos, como todo o mundo, experimentando um despertar sexual. Nossos pais tinham medo de doenças sexuais e todo tipo de coisa assim, mas em meados dos anos 60 percebemos que tínhamos uma liberdade que nunca esteve disponível para a geração deles.”

Apreensão inicial

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Inicialmente, porém, Macca confessa que havia certa apreensão sobre o que encontrariam. Especialmente pela proximidade de um trágico acontecimento que até hoje repercute em todo o mundo.

“O presidente Kennedy foi morto pouco mais de dois meses antes de nossa chegada aos Estados Unidos. Seu assassinato repercutiu em todo o mundo, então, imaginamos que a atmosfera ainda poderia ser moderada. Mas no minuto em que pousamos em Nova York, soubemos instantaneamente que não estávamos experimentando nenhum tipo de momento fúnebre. Era uma sexta-feira no início de fevereiro quando pousamos e parecia que milhares – e mais tarde, através da televisão e do The Ed Sullivan Show – milhões de olhos de repente estavam sobre nós, criando uma imagem que nunca esquecerei.”

A exposição na National Portrait Gallery

A exposição acontece de 28 de junho a 1º de outubro. São 250 fotografias inéditas tiradas por Paul de seus companheiros de banda e das cidades para as quais eles viajaram durante a turnê de 1963-64.

As fotos, que foram tiradas com a câmera Pentax pessoal de Paul, também estarão disponíveis em um álbum de fotos intitulado “1964: Eyes of the Storm”, com lançamento previsto para 13 de junho (lá fora) via editora Penguin.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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