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Rita Lee criticou policiais e foi parar na delegacia no que seria seu último show

Cantora se incomodou após ver autoridades revistando pessoas que fumavam maconha durante a apresentação

Rita Lee, a rainha do rock brasileiro, infelizmente nos deixou na noite de segunda-feira (8). A causa não foi confirmada oficialmente, mas sabe-se que ela lutava contra um câncer de pulmão. Em 28 de janeiro de 2012, na cidade de Aracaju, ocorreu aquele que seria o último show de sua carreira, que ficou marcado por críticas feitas a alguns policiais.

A apresentação ocorreu na orla da Praia de Atalaia. Faltando pouco tempo para o término do evento, os policiais decidiram abordar pessoas que estavam fumando maconha na plateia.

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Rita Lee se incomodou com a abordagem e ainda deixou claro que não se deixaria intimidar, ao lembrar que começou a tocar justamente na época da ditadura militar. Ela declarou:

“Olha, se a polícia bater (no público), eu vou falar para o Brasil inteiro, denuncio e processo. Isso é força brutal. Vocês não têm o direito de usar a força na ‘meninada’ que não está fazendo nada. Cadê o responsável? Eu quero falar, tenho o direito. Esse show é meu, não de vocês. Esse show é minha despedida do palco e vocês continuam tendo que guardar as pessoas, não agredir. Seus cachorros, coitado dos cachorros. Cafajestes. Vocês estão fazendo de propósito. Eu sou do tempo da ditadura. Vocês pensam que eu tenho medo?”

Em seguida, Rita Lee ainda desafiou os policiais a prenderem ela.

“Vem aqui. Eu sou mulher. Tenho três filhos, uma neta, 64 anos. O que vocês vão fazer? É isso que vocês querem, chamar atenção. Cadê por escrito que vocês têm de fazer isso? O que é isso? Não, eu não vou esperar. Esse show é meu. As pessoas estão me esperando cantar. Não é gracinha de vocês, seus (xingando os policiais). Vêm me prender. Agora vêm aqui.”

Parando na delegacia

Ao final da apresentação, Rita Lee acabou parando na delegacia ao ser enquadrada por desacato e apologia ao crime. Não foi detida, mas no ano seguinte, teve de pagar R$ 5 mil por danos morais a dois policiais que estavam envolvidos na ação.

Um ano mais tarde, a cantora abandonou a ideia da aposentadoria e decidiu voltar a se apresentar para comemorar os 50 anos de carreira. O primeiro show, inclusive, ocorreu na mesma noite em que a cidade de São Paulo comemorou 459 anos, ocasião em que reafirmou seu amor pela maior cidade do Brasil.

O falecimento de Rita Lee foi confirmado por suas redes sociais. O velório da cantora ocorrerá no Planetário do Parque Ibirapuera na quarta-feira (10), das 10h às 17h. Seu corpo será cremado em uma cerimônia particular.

Rita Lee, a rainha do rock brasileiro

Nascida em 31 de dezembro de 1947, em São Paulo, Rita Lee Jones sempre fez jus ao título de “rainha do rock brasileiro” – o qual ela revelou considerar “cafona”. Irreverente, provocadora e dona de um talento acima da média para cantar e compor, ela se destacou inicialmente à frente dos Mutantes, uma das mais importantes bandas do país, ainda na década de 60.

O trio, completado por Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, surgiu como resultado de alguns grupos adolescentes que foram se unindo e perdendo membros. Com sua formação original, o grupo durou até 1972, quando Rita Lee foi expulsa da banda por Baptista, com quem também havia encerrado um casamento.

Já em carreira solo, nos anos 1970, acompanhada pela banda Tutti-Frutti, Rita Lee continuou em alto nível, lançando hits e álbuns bem produzidos. Arrumou uma nova parceria na música e na vida na figura de Roberto de Carvalho, com quem se casou e teve três filhos. Junto, o casal compôs e produziu músicas exaustivamente reproduzidas nas rádios e nas trilhas sonoras de novelas também na década de 1980.

A partir dos anos 1990, Rita Lee seguiu sozinha, embora não tenha se separado de Roberto na vida conjugal. Foi um período mais experimental, no qual também celebrou sua carreira até aquele momento em grandes turnês. A cantora se aposentou dos palcos em 2012, passando a viver uma vida reclusa, dedicada à escrita e à causa dos animais, com aparições públicas cada vez mais raras.

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Augusto Ikeda
Augusto Ikedahttp://www.igormiranda.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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Cantora se incomodou após ver autoridades revistando pessoas que fumavam maconha durante a apresentação

Rita Lee, a rainha do rock brasileiro, infelizmente nos deixou na noite de segunda-feira (8). A causa não foi confirmada oficialmente, mas sabe-se que ela lutava contra um câncer de pulmão. Em 28 de janeiro de 2012, na cidade de Aracaju, ocorreu aquele que seria o último show de sua carreira, que ficou marcado por críticas feitas a alguns policiais.

A apresentação ocorreu na orla da Praia de Atalaia. Faltando pouco tempo para o término do evento, os policiais decidiram abordar pessoas que estavam fumando maconha na plateia.

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Rita Lee se incomodou com a abordagem e ainda deixou claro que não se deixaria intimidar, ao lembrar que começou a tocar justamente na época da ditadura militar. Ela declarou:

“Olha, se a polícia bater (no público), eu vou falar para o Brasil inteiro, denuncio e processo. Isso é força brutal. Vocês não têm o direito de usar a força na ‘meninada’ que não está fazendo nada. Cadê o responsável? Eu quero falar, tenho o direito. Esse show é meu, não de vocês. Esse show é minha despedida do palco e vocês continuam tendo que guardar as pessoas, não agredir. Seus cachorros, coitado dos cachorros. Cafajestes. Vocês estão fazendo de propósito. Eu sou do tempo da ditadura. Vocês pensam que eu tenho medo?”

Em seguida, Rita Lee ainda desafiou os policiais a prenderem ela.

“Vem aqui. Eu sou mulher. Tenho três filhos, uma neta, 64 anos. O que vocês vão fazer? É isso que vocês querem, chamar atenção. Cadê por escrito que vocês têm de fazer isso? O que é isso? Não, eu não vou esperar. Esse show é meu. As pessoas estão me esperando cantar. Não é gracinha de vocês, seus (xingando os policiais). Vêm me prender. Agora vêm aqui.”

Parando na delegacia

Ao final da apresentação, Rita Lee acabou parando na delegacia ao ser enquadrada por desacato e apologia ao crime. Não foi detida, mas no ano seguinte, teve de pagar R$ 5 mil por danos morais a dois policiais que estavam envolvidos na ação.

Um ano mais tarde, a cantora abandonou a ideia da aposentadoria e decidiu voltar a se apresentar para comemorar os 50 anos de carreira. O primeiro show, inclusive, ocorreu na mesma noite em que a cidade de São Paulo comemorou 459 anos, ocasião em que reafirmou seu amor pela maior cidade do Brasil.

O falecimento de Rita Lee foi confirmado por suas redes sociais. O velório da cantora ocorrerá no Planetário do Parque Ibirapuera na quarta-feira (10), das 10h às 17h. Seu corpo será cremado em uma cerimônia particular.

Rita Lee, a rainha do rock brasileiro

Nascida em 31 de dezembro de 1947, em São Paulo, Rita Lee Jones sempre fez jus ao título de “rainha do rock brasileiro” – o qual ela revelou considerar “cafona”. Irreverente, provocadora e dona de um talento acima da média para cantar e compor, ela se destacou inicialmente à frente dos Mutantes, uma das mais importantes bandas do país, ainda na década de 60.

O trio, completado por Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, surgiu como resultado de alguns grupos adolescentes que foram se unindo e perdendo membros. Com sua formação original, o grupo durou até 1972, quando Rita Lee foi expulsa da banda por Baptista, com quem também havia encerrado um casamento.

Já em carreira solo, nos anos 1970, acompanhada pela banda Tutti-Frutti, Rita Lee continuou em alto nível, lançando hits e álbuns bem produzidos. Arrumou uma nova parceria na música e na vida na figura de Roberto de Carvalho, com quem se casou e teve três filhos. Junto, o casal compôs e produziu músicas exaustivamente reproduzidas nas rádios e nas trilhas sonoras de novelas também na década de 1980.

A partir dos anos 1990, Rita Lee seguiu sozinha, embora não tenha se separado de Roberto na vida conjugal. Foi um período mais experimental, no qual também celebrou sua carreira até aquele momento em grandes turnês. A cantora se aposentou dos palcos em 2012, passando a viver uma vida reclusa, dedicada à escrita e à causa dos animais, com aparições públicas cada vez mais raras.

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