Lars Ulrich é um dos bateristas mais polêmicos e contestados da história do rock e metal. O líder intelectual do Metallica sofre críticas de fãs e detratores por supostamente ter passado por um processo de decréscimo técnico nas últimas décadas. Mesmo assim, há vários defensores que contestam esse tipo de afirmação.
De qualquer modo, o próprio não parece muito preocupado. Durante entrevista de 2018, concedida ao Polar Music Prize, o músico foi convidado a descrever seu processo criativo no instrumento. Conforme transcrição da Revolver, o dinamarquês declarou:
“O que me interessa é encaixar a bateria no que acontece ao redor. Às vezes é preciso ser mais rítmico, em outras mais dinâmico ou apenas adicionar algum aspecto físico.”
De qualquer modo, ele deixa avisado que jamais se preocupou em ser considerado um herói das baquetas.
“Nunca me interessei muito por habilidade. As pessoas dizem ‘Oh, uau! Esse cara é tão bom!’ Sim, ele é ótimo, mas isso não significa que consegue tocar com swing ou funcionar dentro de um processo coletivo. Até por isso jamais gostei de tocar bateria sozinho no porão, praticando solos por horas a fio. Isso não é para mim. O que sempre me fascinou foi tocar em uma banda, escrever músicas, gravar discos, quase como fazer parte de uma gangue.”
Referências de Lars Ulrich servem de exemplo
Para exemplificar, Lars Ulrich cita algumas de suas referências.
“Por mais que eu tenha crescido ouvindo Ian Paice, do Deep Purple, que obviamente tem muita habilidade, eu também amo bateristas como Phil Rudd do AC/DC e Charlie Watts dos Rolling Stones. Certamente eles têm habilidade, mas para muitos puristas talvez não tanto. Por que eles não são tão técnicos, têm um tipo diferente de habilidade que, para mim, é tão valioso, precioso e importante quanto. Eles fazem as pessoas balançar, se mexer, dão a fisicalidade necessária.”
Metallica no Polar Music Prize
O Metallica recebeu o Polar Music Prize em junho de 2018. A homenagem é concedida anualmente a músicos que fizeram a diferença na história da arte. Os celebrados recebem um valor financeiro doado pelo Rei Carlos Gustavo XVI, da Suécia. A banda doou sua quantia três instituições: Stockholm City Mission, que ajuda desabrigados; World Childhood Foundation, que auxilia crianças em situação de risco; e Afghanistan National Institute Of Music, que dá educação artística aos desfavorecidos.
Durante a cerimônia, membros do Ghost e do Candlemass se juntaram e apresentaram uma versão para “Enter Sandman”, em homenagem ao grupo americano. Roger Glover e Ian Paice, baixista e baterista do Deep Purple, realizaram o discurso de introdução.
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