O pianista Ahmad Jamal morreu no último domingo (16), aos 92 anos, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Influência para artistas como Miles Davis, o músico lutava contra um câncer de próstata, segundo a família (via New York Times).
Nascido em Pittsburgh, na Pensilvânia, Jamal começou sua carreira enquanto ainda estava no ensino médio. O músico realizou performances iniciais sob o nome de Fritz Jones, até mudá-lo para Ahmad Jamal na década de 1950 – quando se converteu ao islamismo .
Naquele período, formou um trio, chamado de Three Strings, composto por Ray Crawford (guitarra) e, inicialmente, Eddie Calhoun (baixo). Eles impressionaram o produtor musical John Hammond e conseguiram, na época, um contrato com a gravadora Okeh.
O seu primeiro destaque de fato veio com o álbum “At the Pershing: But Not for Me”, lançado em 1958 e gravado também pelo baixista Israel Crosby e pelo baterista Vernel Fournier. Por mais de dois anos, o projeto liderado por Ahmad esteve na parada de jazz da Billboard. Seu disco mais conhecido, “Poinciana”, saiu alguns anos depois, em 1963.
Outros pianistas importantes do gênero, como Herbie Hancock e Keith Jarrett, e o lendário trompetista Miles Davis destacaram sua admiração por Jamal – cujo estilo minimalista era marcado pelos “espaços” nas canções. Samples de suas faixas também aparecem em canções de hip-hop, entre elas, “Feelin’ It”, de Jay-Z, e “Stakes Is High”, de De La Soul.
Em 1994, Jamal recebeu o título de Mestre de Jazz pelo Fundo Nacional Para as Artes – agência independente do governo dos Estados Unidos. Já em 2017, ganhou o Prêmio Grammy de Contribuição em Vida.
No ano passado, o pianista disponibilizou duas coletâneas de gravações ao vivo inéditas, feitas em Seattle: “Emerald City Nights: Live at the Penthouse (1963-64)” e “Emerald City Nights: Live at the Penthouse (1965-66)”. Um terceiro volume, de 1966 até 1968, está nos planos.
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