O Journey segue sendo uma das bandas mais bem-sucedidas do rock americano. Atualmente celebrando 50 anos de carreira, o grupo lota arenas e faz a alegria dos fãs. Porém, internamente, a situação é a mais tensa possível, especialmente por conta de o guitarrista e membro fundador, Neal Schon, entender haver um complô contra sua pessoa.
O grande artífice seria o tecladista Jonathan Cain, com quem ele comanda os negócios – além de o ex-vocalista Steve Perry ser o outro detentor dos direitos sobre a marca. Em tempos recentes, os dois vêm se digladiando em tribunais com acusações de apropriações financeiras indevidas e uso do legado do conjunto para interesses pessoais e políticos.
A Billboard publicou uma matéria detalhando os bastidores dos shows desde o ano passado. O ambiente, segundo pessoas próximas, é o mais hostil possível.
Schon tem se valido de policiais de folga como seguranças em cada parada da excursão. Em uma apresentação recente na Flórida, o músico e sua esposa, Michaele, teriam enviado um assistente ao camarim de Cain para bisbilhotar – para descobrir o que, as fontes não têm ideia.
Jonathan flagrou a situação e contratou outro oficial de folga para vigiar. Assim, durante grande parte da turnê – que vendeu 296 mil ingressos e arrecadou US$ 31,9 milhões de acordo com a Billboard Boxscore – dois dos três músicos que escreveram vários dos maiores sucessos da banda rivalizaram e conspiraram um contra o outro.
No início da atual tour, que conta com o Toto como atração de abertura, os dois adotaram distância estratégica em cima do palco e sequer trocaram olhares.
Uma fonte declarou que não se trata apenas de um embate entre ambos, mas Neal contra todo mundo.
“Ele é apenas um ser humano impossível de lidar. Jonathan é um cara legal e humilde, enquanto Schon age como um superstar.”
Apesar dos conflitos, o Journey segue em turnê. Há shows previstos pelos Estados Unidos até o fim de março.
Journey, Neal Schon e Jonathan Cain
Em janeiro, Jonathan Cain ingressou com uma ação na Justiça contra Neal Schon. Ele acusa o colega de gastos superiores a US$ 1 milhão no cartão corporativo da banda visando abater despesas pessoais.
O novo processo ocorre dois meses após Neal ingressar na Justiça acusando Jonathan de impedir seu acesso às contas do grupo.
Ainda há um foco de conflito no cerne político. Já há alguns anos, o tecladista é uma figura próxima a Donald Trump. Sua esposa, a pastora Paula White, atua como guru espiritual do ex-presidente americano. Não foram poucas as vezes que o músico usou a obra da banda em eventos promocionais políticos, o que desagradou não apenas Neal, como também Steve Perry.
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