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Artimus Pyle homenageia Gary Rossington, seu ex-colega de Lynyrd Skynyrd

Em entrevista, baterista relembrou momentos ao lado do antigo companheiro de banda e o descreveu como "um dos maiores guitarristas que já viveram"

Gary Rossington, último sobrevivente da formação original do Lynyrd Skynyrd, morreu no último domingo (5), aos 71 anos de idade. Desde então, o guitarrista vem recebendo diversas homenagens de colegas da música, como James Hetfield e Dave Mustaine. Uma delas veio do baterista Artimus Pyle, seu antigo companheiro de banda.

Por meio de uma conversa no telefone com a revista Rolling Stone, Pyle – que tocou no grupo entre 1975 e 1977 e depois de 1987 a 1991 – relembrou momentos ao lado do músico. Ele afirmou no início que, quando soube da notícia, rapidamente abriu as últimas mensagens trocadas com o amigo – cujo conteúdo não foi informado.

“Eu já voltei, olhei para elas e li toda a conversa entre Gary e eu. Vou valorizar esses textos pelo resto da minha vida.”

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Depois, o baterista de 74 anos destacou a importância da formação do Lynyrd Skynyrd para a música e o talento de Rossington em seu instrumento, sobretudo por ter conseguido tocar junto dos guitarristas Ed King e Allen Collins, que tinham estilos próprios.

“Quando Bob, Gary e Ronnie se reuniram na garagem de Bob no lado oeste de Jacksonville, na Flórida, eles montaram algo que foi para o mundo. Todo mundo vai se lembrar de Gary como o dono da estrada, experiente, compositor e um dos maiores guitarristas que já viveram. Ele simplesmente adorava estar no palco. Ser capaz de reunir o que não pareceria uma opção viável – três guitarras completamente diferentes – foi a genialidade de Ronnie”.

Como forma de lidar com a situação, o músico está focando nas boas memórias que construiu com Rossington, não só no âmbito profissional. Ambos os artistas tinham gostos em comum e faziam muitas coisas juntos, fato mencionado pelo baterista.

“Estou pensando nos bons momentos, sabe? Nas coisas divertidas que fizemos, naqueles shows gigantes, como em Londres, quando tocamos no Knebworth [em 1976] e abrimos para os Rolling Stones. Gary e eu éramos muito próximos. Nós gostávamos das mesmas coisas – ouvíamos Jeff Beck em sua casa em seu aparelho de som gigantesco, navegávamos em seu barco, andávamos a cavalo juntos.”

Briga com o Lynyrd Skynyrd

Em 2020, saiu um filme biográfico sobre o Lynyrd Skynyrd, produzido por Artimus Pyle, intitulado “Street Survivors: The True Story of the Lynyrd Skynyrd Plane Crash” e focado no acidente de avião que matou parte dos integrantes em 1977. Os representantes da banda tentaram por meio de um processo barrar o lançamento, mas não tiveram sucesso.

No mesmo ano, durante entrevista ao podcast de Eddie Trunk (via Ultimate Guitar), Pyle afirmou que Judy Van Zant, viúva de Ronnie Van Zant, vocalista morto na tragédia, buscou impedir a divulgação do longa-metragem por não querer que a verdade fosse revelada, já que o casal estaria em um processo de divórcio em 1977. Na mesma conversa, ele também disse que Gary era explorado pelos empresários e que não concordava com tais atitudes.

“Gary Rossington está cercado de pessoas sinistras, ele meio que enfia a cabeça na areia. Amo Gary, mas ele é muito fraco nesse sentido. Está cercado de pessoas que só se importam com ele por causa do dinheiro que ele consegue gerar. Deixei a banda por causa da ganância e dessas práticas antiéticas de negócios.”

Após a morte de Rossington, no entanto, como explicou para a Rolling Stone, Pyle – que atualmente toca bateria em seu próprio grupo Artimus Pyle Band – quer esquecer qualquer conflito acontecido anteriormente.

“Neste ponto da minha vida, especialmente desde que Gary faleceu, não quero me lembrar das coisas ruins e dos motivos pelos quais eu estava bravo com todo mundo. Eu não quero nunca mais falar sobre isso – os negócios na música não mataram nosso amor por ela. O lugar de Gary na história da música e do rock é sólido. Voe, voe alto, nosso livre irmão pássaro.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Gary Rossington, último sobrevivente da formação original do Lynyrd Skynyrd, morreu no último domingo (5), aos 71 anos de idade. Desde então, o guitarrista vem recebendo diversas homenagens de colegas da música, como James Hetfield e Dave Mustaine. Uma delas veio do baterista Artimus Pyle, seu antigo companheiro de banda.

Por meio de uma conversa no telefone com a revista Rolling Stone, Pyle – que tocou no grupo entre 1975 e 1977 e depois de 1987 a 1991 – relembrou momentos ao lado do músico. Ele afirmou no início que, quando soube da notícia, rapidamente abriu as últimas mensagens trocadas com o amigo – cujo conteúdo não foi informado.

“Eu já voltei, olhei para elas e li toda a conversa entre Gary e eu. Vou valorizar esses textos pelo resto da minha vida.”

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“Quando Bob, Gary e Ronnie se reuniram na garagem de Bob no lado oeste de Jacksonville, na Flórida, eles montaram algo que foi para o mundo. Todo mundo vai se lembrar de Gary como o dono da estrada, experiente, compositor e um dos maiores guitarristas que já viveram. Ele simplesmente adorava estar no palco. Ser capaz de reunir o que não pareceria uma opção viável – três guitarras completamente diferentes – foi a genialidade de Ronnie”.

Como forma de lidar com a situação, o músico está focando nas boas memórias que construiu com Rossington, não só no âmbito profissional. Ambos os artistas tinham gostos em comum e faziam muitas coisas juntos, fato mencionado pelo baterista.

“Estou pensando nos bons momentos, sabe? Nas coisas divertidas que fizemos, naqueles shows gigantes, como em Londres, quando tocamos no Knebworth [em 1976] e abrimos para os Rolling Stones. Gary e eu éramos muito próximos. Nós gostávamos das mesmas coisas – ouvíamos Jeff Beck em sua casa em seu aparelho de som gigantesco, navegávamos em seu barco, andávamos a cavalo juntos.”

Briga com o Lynyrd Skynyrd

Em 2020, saiu um filme biográfico sobre o Lynyrd Skynyrd, produzido por Artimus Pyle, intitulado “Street Survivors: The True Story of the Lynyrd Skynyrd Plane Crash” e focado no acidente de avião que matou parte dos integrantes em 1977. Os representantes da banda tentaram por meio de um processo barrar o lançamento, mas não tiveram sucesso.

No mesmo ano, durante entrevista ao podcast de Eddie Trunk (via Ultimate Guitar), Pyle afirmou que Judy Van Zant, viúva de Ronnie Van Zant, vocalista morto na tragédia, buscou impedir a divulgação do longa-metragem por não querer que a verdade fosse revelada, já que o casal estaria em um processo de divórcio em 1977. Na mesma conversa, ele também disse que Gary era explorado pelos empresários e que não concordava com tais atitudes.

“Gary Rossington está cercado de pessoas sinistras, ele meio que enfia a cabeça na areia. Amo Gary, mas ele é muito fraco nesse sentido. Está cercado de pessoas que só se importam com ele por causa do dinheiro que ele consegue gerar. Deixei a banda por causa da ganância e dessas práticas antiéticas de negócios.”

Após a morte de Rossington, no entanto, como explicou para a Rolling Stone, Pyle – que atualmente toca bateria em seu próprio grupo Artimus Pyle Band – quer esquecer qualquer conflito acontecido anteriormente.

“Neste ponto da minha vida, especialmente desde que Gary faleceu, não quero me lembrar das coisas ruins e dos motivos pelos quais eu estava bravo com todo mundo. Eu não quero nunca mais falar sobre isso – os negócios na música não mataram nosso amor por ela. O lugar de Gary na história da música e do rock é sólido. Voe, voe alto, nosso livre irmão pássaro.”

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