O The Winery Dogs surgiu de forma avassaladora em 2013. A união do vocalista e guitarrista Richie Kotzen com o baixista Billy Sheehan e o baterista Mike Portnoy já causava expectativa por si só. Mas o trio colaborou, lançando um dos melhores discos do século atual, chamando atenção de uma forma que os envolvidos já não conseguiam há certo tempo.
Veio o segundo álbum, “Hot Streak”, em 2015. Ao contrário da estreia, onde a sonoridade era bastante centrada no estilo do frontman, o supergrupo decidiu atirar para vários lados, juntando diferentes influências. O resultado foi um play que, apesar de trazer boas ideias, não se encontrava na maior parte do tempo. Com o passar do tempo, os próprios admitiram a bola fora e prometeram se esforçar mais na tentativa seguinte.
Após alguns anos afastados – exceto Billy e Mike, que seguiram juntos no coletivo prog Sons of Apollo – a cachorrada voltou à ativa. Em “III”, parecem realmente mais focados em uma proposta. Porém, o material composto não colabora.
De certa forma, parece que Kotzen caiu em uma zona de conforto nos últimos tempos. Seus trabalhos soam muito parecidos entre si, seja solo ou com os grupos em que se envolve. O mais próximo de um respiro aconteceu em 2021, no duo com Adrian Smith. Ainda assim, muito pouco para quem gravou obras incríveis não faz muito tempo.
Obviamente, sempre há bons momentos, como no single “Mad World”, a melodia gostosa de “The Vengeance” e a pegada impecável de “Gaslight”. Porém, muito pouco para a expectativa que a junção sempre causa nos fãs.
“III” supera “Hot Streak” entre erros e acertos, mas ainda fica longe do debut. Talvez esteja na hora de repensar os caminhos do projeto.
Ouça “III” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.
O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!
The Winery Dogs – “III”
- Xanadu
- Mad World
- Breakthrough
- Rise
- Stars
- The Vengeance
- Pharaoh
- Gaslight
- Lorelei
- The Red Wine
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Gosto bastante do álbum Hot Streak, concordo que não alcança o primeiro, e acredito que nem tem como superar, o debut do Flying Colors (outra banda do Portnoy) também é uma pérola que parece insuperável.
Estava bem ansioso com esse lançamento, e estou gostando desse novo álbum, de fato está mais coeso que o Hot Streak.
Meu destaque inicial fica para The Red Wine que é muito legal, parece um mix de tudo que a banda já fez, gostei também da Breakthrough e Stars.
Gosto não se discute. Mas dizer que esse album é “mediano”, e que eles deveriam repensar se continuam?. É bizarro, é uma piada né hah? Os caras ja se reiventaram muitas vezes. Kotzen nem faz tanto tempo assim. Sou músico há quase 40 anos, e o que já vi de “critica” ruim não foi brincadeira. Essa é só mais uma, e vai de encontro com o que Bauman dizia sobre relações liquidas, pensamentos superficiais demais. É sério mesmo que esperava uma “revolução” no som deles? A proposta deles claramente não é essa. E pegando o seu gancho superficial, mas do modo como eu vejo e ouço. O som deles remete a ideia de uma reunião entre amigos de Jazz. No sentido de tocar seus temas e improvisar livremente. Conversam entre si. Musica para músicos. Por isso não lhe atende, pois se for “músico” e não ter percebido fica complicado hein…. E é disso que gosto.
O texto não é meu, mas preciso ressaltar um ponto em seu comentário na proposição do debate: então só quem é músico entende o trabalho dos caras? Tem que apresentar a carteirinha de músico para poder gostar? Se sim, já está errado, pois música se faz para todos. Fora que eu mesmo sou músico e ainda assim concordo com vários dos pontos apresentados na resenha.
(Em tempo: não fez muito sentido a tentativa de link com Bauman)
Zygmunt Bauman não se referiu a apenas “relações liquidas”, como é largamente “romantizado”. E sim, sobre formas superficiais de “análises” sobre situações e fatos também. inclusive, como uma das possiveis causas das tais “relações liquidas”. Portanto, se enquadra.
E em qual parte eu “bati o martelo” sobre eles fazerem músicas “só” para musicos?. Disse que esse som deles, “remete” a isso. Tem uma diferença gigantesca!!! Principalmente entre interpretação e compreensão de textos. Preferiu interpretar “polemizando” ao invés de compreender. É óbvio que música se faz para todos. Mas todas as músicas devem ser criadas para atender a todos os gostos? Óbvio que não também. E é isso que o som deles aparenta/remete como disse antes. Portanto, bem contraditória sua resposta. Enfim, o que eu quis dizer é que; essa critica, feita por outro autor, mais parece criticas no estilo “The Voice” hahah… Em que muitos só levam em consideração apenas o seu próprio ego/gosto musical. Muitas vezes não observam todo o contexto e as diversas complexidades envolvidas, por que ali o que vale é a mídia pura, e tudo bem. Mas é o mesmo caso de três musicos, bizarramente experientes, e que sabem que não precisam provar nada para ninguém? Ai interprete como quiser rs… Abraços Igor, do mais seu site é foda, parabéns de verdade, fique com Deus.
Você literalmente disse “música para músicos” no comentário original. Agora, diz que não falou isso. Estranho.
No mais, sua tréplica rodou, rodou e não chegou a lugar nenhum – tanto que não há nenhum outro gancho de resposta que permita continuar o debate. Talvez eu poderia te dizer que toda resenha leva em consideração o próprio gosto musical (é uma característica do gênero textual opinativo em questão), mas não adianta muito discorrer sobre esse tópico com quem confunde fato com opinião.
Então, deixo apenas uma observação: quem chegou polemizando foi você. Se realmente acompanha o site, sabe que não fazemos análises superficiais. Você discordar de uma análise não a torna superficial.
Eu disse: ” O som deles “remete” a ideia de uma reunião entre amigos de Jazz. No sentido de tocar seus temas e improvisar livremente. Conversam entre si. Musica para músicos.” Então, olha, com o devido respeito, não serei eu quem vai sanar a dificuldade de distinguir entre; interpretação x compreensão de textos.
Se escolhe deliberadamente, apenas o ultimo trecho do paragrafo para analisar, e diz que isso não é polemizar? Só pode estar de brincadeira hahahah. Encerro minha tentativa de dizer que sim, a análise está superficial. Não levou em conta diversos aspectos musicais e contextuais, só os básicos. Desde dinâmicas musicais, sobreposições, momento da carreira de cada um e muuuuitos etc…
Nem precisaria ser um livro para justificar, mas a falta de bom senso na critica, sugerindo que “repensem os caminhos do projeto”, chamou responsabilidade. Que tenham culhões e analisem de verdade todo o contexto então horas… Mas normal, críticos que basicamente não aceitam críticas, isso é comum e engraçado. Como disse acima, encerro a minha parte dos comentários, pois ta faltando o básico de compreensão e sobrando interpretação. Ai o céu é o limite hahah.. Paz
Sempre aceitamos críticas. Inclusive as mais infundadas, como a sua. Se não estivéssemos aceitando, seu comentário sequer seria aprovado para aparecer aqui. E não adianta soltar esse tanto de alfinetadinha infantil para dizer “paz” no final, viu, troll de internet? Um abraço.
Justifiquei cada comentário meu. Dei me o trabalho também, de mostrar os “porquês”. E mantive o respeito. Logo, sou considerado “troll de internet”. Certíssimos vossas majestades. Outro abraço.
Smith & Kotzen é ótimo por causa do Smith. A voz do Kotzen é afinada, mas tremendamente cansativa. Dito isso, não só irei ao show dos Dogs em Curitiba como já comprei ingresso, em segundo lugar para ver Portnoy e, em primeiro, Sheehan. Mas pena mesmo é a outra banda ser Skid Row, e não Stone Temple Pilots, como acontecerá no Rio.