Através da All-Starr Band, Ringo Starr tem a oportunidade de tocar hits de várias gerações. O repertório varia de acordo com os músicos que se juntam à trupe em cada turnê. Mas o resultado é sempre uma jukebox humana, para deleite do público presente nas apresentações.
Em 1992, divulgando o álbum “Time Takes Time” em entrevista à Rolling Stone, o eterno baterista dos Beatles foi perguntado sobre qual música que melhor simbolizaria os anos 1960. E não, não é uma de sua banda, embora talvez fosse o que o jornalista quisesse escutar.
“Quase todo mundo pensaria em nós ao responder essa pergunta, mas eu lembro do Procul Harum. ‘A Whiter Shade of Pale’ é o registro definitivo daquele período da história.”
Em 1997, o vocalista e pianista Gary Brooker excursionou com a All-Starr Band e interpretou a canção. Abaixo um registro em Michigan.
Procol Harum e “A Whiter Shade Of Pale”
Lançada em maio de 1967, apenas um mês após seu registro, “A Whiter Shade of Pale” foi um dos poucos singles a vender mais de 10 milhões de cópias na história, ganhando inúmeras regravações posteriores – registros não oficiais organizados por fãs contabilizam mais de mil versões.
Gary Brooker morreu em fevereiro de 2022, aos 76 anos, vitimado por um câncer.
Sobre Ringo Starr
Nascido em 7 de julho de 1940, em Liverpool, Inglaterra, Sir Richard Starkey entrou para a história como Ringo Starr, o eterno baterista dos Beatles. Mesmo ofuscado em alguns momentos pelo talento de Paul, John e George, foi uma peça importante para que os Fab Four se tornassem o que foram.
Assim como os outros Beatles, tinha competência vocal, assumindo a voz principal em pelo menos uma música em cada álbum da banda. Deixou o grupo rapidamente durante as gravações do “White Album” (1968), não muito tempo da formação ruir de forma permanente. Sua contribuição para o grupo era discreta, mas sólida e algumas de suas composições se destacaram, como “Don’t Pass Me By” e “Octopus’s Garden”.
Em carreira solo, foi um dos mais ecléticos entre os quatro, além exibir um estilo de tocar bateria que mesmo pouco reconhecido, foi extremamente influente para bateristas de rock. Foi considerado o quinto maior baterista da história pela Rolling Stone, além de o baterista mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em 350 milhões de dólares em 2020.
Nos anos mais recentes, passou a fazer turnês e álbuns acompanhado de uma banda solo chamada de The All-Starr Band. Seu filho, Zak Starkey, também é um baterista reconhecido, tendo tocado com o The Who e outros grandes nomes.
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