Terceiro álbum de estúdio do Slayer, “Reign in Blood” marcou o início da parceria da banda com o produtor Rick Rubin. O trabalho possui menos de meia-hora de duração (28 minutos e 58 segundos, para ser exato) e uma sonoridade nunca mais alcançada mesmo nos discos posteriores da carreira do quarteto.
E um dos motivos para ter alcançado tal registro foi justamente a inexperiência de quem comandou todo o processo, no caso, o produtor Rick Rubin. Em entrevista ao Channel 4 News (transcrição via Ultimate Guitar), divulgando seu novo livro, “The Creative Act: A Way of Being”, o próprio tentou explicar sua abordagem naquele momento.
“Quando você trata tudo igual, isso dilui o que aquilo significa musicalmente. O speed metal era uma coisa nova. As pessoas que estavam fazendo aquilo até ‘Reign in Blood’ gravavam com uma abordagem mais próxima do hard rock ou heavy metal. No nosso caso, fizemos diferente. O Slayer não era o Black Sabbath, eles tocavam muito rápido. Se eu resolvesse tentar fazer aquilo soar como Led Zeppelin, soaria uma bagunça.”
Rubin entende que sua falta de conhecimento sobre o que Tom Araya e companhia faziam acabou sendo um diferencial favorável.
“Eu não tinha qualquer tipo de experiência com aquilo. Não existia um ‘modo certo’ de fazer as coisas naquele formato. Então, procurei escutá-los como eram, de forma muito precisa. E foi o que saiu. Ninguém mais fez algo sequer parecido.”
Slayer, Rick Rubin e “Reign In Blood”
“Reign in Blood” ganhou disco de ouro nos Estados Unidos. É considerado um dos discos mais influentes da história do heavy metal.
A parceria de Slayer e Rick Rubin se estendeu pelas décadas seguintes, fazendo com que a banda vendesse mais de 20 milhões de discos em todo o mundo, mesmo com uma sonoridade totalmente anticomercial.
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