Não são todos os artistas que gostam de ser definidos por rótulos. Além de limitar a visão artística, eles podem se configurar em uma armadilha ali na frente, quando o momento de estouro passar.
Mesmo nomes lendários já passaram por esse dilema. Banda que virou quase sinônimo de rock and roll, os Rolling Stones não gostavam da associação em seus primórdios. Mesma coisa o Black Sabbath com o termo heavy metal, embora eles tenham sido pioneiros.
Jonathan Davis, vocalista do Korn, também passou por isso em relação ao termo nu metal. A confissão foi feita em entrevista à mais recente edição da revista Metal Hammer.
“Começou quando estávamos fazendo o álbum ‘Untouchables’, em 2002. Várias bandas surgiram e pularam no movimento. Hoje não me importo, mas à época pensávamos ‘Que p*rra é essa? F*da-se todo mundo! Nós vamos fazer esse álbum insano. Não quero ser definido assim.’ O estilo se tornou uma paródia de si mesmo.”
Para o cantor, o que sua banda faz não pode ser limitado por uma classificação. Ele usou outros exemplos para explicar.
“Você não chama o Metallica de uma banda thrash ou o Red Hot Chili Peppers de funk rock. O que eles fazem é muito próprio, não dá para colocar em uma caixa. Eles são o Metallica e o Chili Peppers. Pronto.”
Até hoje o Korn vendeu mais de 40 milhões de discos em todo o planeta. 12 de seus 14 álbuns de estúdio chegaram ao Top 10 da parada dos Estados Unidos. O trabalho mais recente, “Requiem”, saiu em fevereiro deste ano.
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