“Top Gun: Maverick” pode ser considerado um dos filmes mais bem-sucedidos de 2022. A continuação do clássico de 1986, estrelado novamente por Tom Cruise, conseguiu bater a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria e foi bem avaliado pela crítica e o público. Muitos, inclusive, o consideram superior ao original em vários aspectos.
Ao longo de sua produção e filmagens, “Top Gun: Maverick” acumulou algumas curiosidades bem impressionantes. Por exemplo: você sabia que as cenas de voos do filme praticamente não tiveram efeitos especiais? E que o ator Val Kilmer só pôde retornar para a sequência com a ajuda da tecnologia?
Abaixo, vamos abordar estas e mais curiosidade impressionantes de “Top Gun: Maverick”. As informações são dos sites Screen Rant, Fox Business, History vs Hollywood, Plane & Pilot, Ultra NYC e Bright Side.
10 curiosidades sobre “Top Gun: Maverick”
Anos para chegar aos cinemas
“Top Gun” pode ter sido um sucesso na época em que foi lançado, mas a sequência levou muito tempo sair do papel, ser gravada e chegar os cinemas por conta de alguns contratempos.
Apenas em 2010 que o estúdio Paramount decidiu produzir uma sequência do longa e convidou o produtor Jerry Bruckheimer e o diretor Tony Scott para trabalharem no novo filme, com Tom Cruise já escalado para viver Pete “Maverick” Mitchell novamente.
No entanto, o projeto sofreu um baque muito grande com o suicídio de Tony Scott em 2012. Dúvidas surgiram se o filme continuaria de pé, mas Jerry Bruckheimer e Tom Cruise garantiram que ele chegaria aos cinemas.
A sequência só voltou aos trilhos em 2017, quando foi anunciado que o título seria “Top Gun: Maverick” e Joseph Kosinski assumiria a direção.
O filme tinha estreia prevista para julho de 2019, mas foi adiado para junho de 2020 por conta de algumas refilmagens. Só que a produção não contava com a chegada da pandemia da covid-19, o que causou diversos adiamentos na data de estreia.
“Top Gun: Maverick” só conseguiu chegar aos cinemas em maio de 2022, 36 anos após o original.
Efeitos especiais mínimos nos voos…
Sabe aquelas cenas espetaculares de voo de “Top Gun: Maverick”? Acredite se quiser, mas elas são reais e praticamente não utilizaram efeitos especiais.
Para isso, a produção teve de alugar algumas aeronaves junto à Marinha e a Força Aérea americana. E não saiu nada barato: o modelo F-18, por exemplo, custou US$ 11 mil dólares por hora.
Para as gravações, foram utilizadas aeronaves que permitiam uma segunda pessoa a bordo e eram guiadas por pilotos de verdade. As câmeras foram colocadas diretamente no rosto dos atores e registraram suas reações reais durante os voos.
O filme apenas teve de usar efeitos especiais em uma cena na qual inimigos disparam mísseis na direção dos protagonistas. Afinal, seria algo bem perigoso, não é mesmo?
…incluindo a cena do voo em Mach 10
Ainda com relação ao item anterior, a decisão de praticamente não utilizar efeitos especiais para as cenas de voo do filme também se estendeu para aquela do voo teste em Mach 10.
Nela, Maverick desrespeita ordens de um superior para salvar o teste de uma aeronave supersônica, que no final das contas, não deu certo.
Para gravá-la, a marinha americana cedeu um dos poucos pilotos autorizados a voar a poderosa aeronave em uma altitude tão baixa. A onda de pressão causada pelo supersônico foi tão grande que destruiu parte do cenário montado para a gravação.
Voz de Val Kilmer recriada com IA
O único ator, além de Tom Cruise, a reprisar seu papel do original foi Val Kilmer, que interpretou o personagem Tom “Iceman” Kazansky, rival de Maverick no original e comandante de uma frota na sequência.
Kilmer só pôde reprisar um de seus papéis mais famosos com a ajuda da tecnologia. Caso não se lembre, o ator perdeu sua voz há alguns anos por conta de um câncer de garganta.
Para que pudesse voltar a interpretar Iceman, Kilmer teve sua voz recriada por uma inteligência artificial, desenvolvida pela empresa de tecnologia Sonantic.
Você pode conferir como ficou o trabalho no vídeo abaixo.
Jogo de futebol americano na praia gravado duas vezes
Assim como o original, “Top Gun: Maverick” contou com uma cena em que pilotos se divertiram com um joguinho na praia, enquanto também exibiam seus corpos. A única diferença é que o vôlei de praia deu lugar ao futebol americano.
Para gravá-la, o ator Miles Teller revelou que o próprio Tom Cruise criou uma espécie de campo de treinamento para o elenco. O intuito era fazer todos estarem em forma para as gravações e aguentarem as forças sobre-humanas que são impostas durante os voos em caças.
Depois da gravação, o elenco até relaxou um pouco nos exercícios e dieta. No entanto, quando descobriram que Tom Cruise não gostou da cena e pediu uma nova, tiveram de retomar a rotina de malhação e alimentação regrada para regravá-la algumas semanas mais tarde.
Só 2 do elenco não vomitaram durante as gravações
Jerry Bruckheimer revelou que durante as filmagens de “Top Gun: Maverick”, vários membros do elenco vomitaram após as gravações das cenas de voo nos caças. Afinal, muitos deles não estavam acostumados a fazer isso.
Bruckheimer também afirmou que apenas duas pessoas do elenco não passaram por esse contratempo: Tom Cruise e sua colega Monica Barbaro, que interpretou Natasha “Phoenix” Trace.
A atriz conseguiu se safar por também ser dançarina profissional. Desta forma, já estava acostumada a fazer movimentos que podem causar ânsia de vômito em quem não está acostumado.
Monica Barbaro disse o seguinte sobre o assunto:
“Teve um momento em que vários caras disseram que odiaram ficar de cabeça para baixo (durante os voos) e eu apenas pensava: ‘fico de cabeça para baixo sempre. Fazia isso antes dos voos. Me ajuda a controlar as estranhas sensações de ter seu sangue indo para lugares em que não está acostumado a ir’.”
800 horas de gravações
Acredite se quiser, mas “Top Gun: Maverick” acumulou um impressionante total de 800 horas de material gravado durante as filmagens.
Joseph Kosinski já revelou que em alguns casos, eram necessárias de 12 a 14 horas de gravação ao longo de dia para obter apenas 30 segundos de cenas para o filme.
“Levou muito tempo para gravar tudo. Foram meses e meses de gravações aéreas.”
Para se ter uma ideia de como esse número chama a atenção, “Top Gun: Maverick” possui mais material gravado que os três filmes da trilogia “O Senhor dos Anéis” juntos.
Tom Cruise sabe pilotar aviões – e tem alguns
Já na parte final de “Top Gun: Maverick”, vimos o personagem de Tom Cruise levando seu interesse amoroso, Penny Benjamin (Jennifer Connelly), para um passeio dentro da nave P-51 Mustang, que foi utilizada na Segunda Guerra Mundial.
Na cena, vimos que o próprio Tom Cruise pilotava a aeronave. E não, não se tratou de algum efeito especial: o astro realmente estava no comando. Afinal, em 1994, ele tirou sua licença para pilotar alguns modelos de aviões e helicópteros.
Tanto que durante as filmagens, em algumas ocasiões, ele levou Joseph Kosinski de helicóptero para algumas localidades.
Além disso, o P-51 Mustang usado na cena também faz parte da coleção de aviões particulares de Tom Cruise.
O apelido de “Rooster” para o filho de “Goose”
Entre os diversos personagens introduzidos na sequência, está o jovem piloto Bradley Bradshaw (Miles Teller). Ele é filho de Nick Bradshaw, o “Goose”, amigo de Maverick que morreu no decorrer do filme original.
Vimos que Bradley optou por usar o apelido “Rooster” na academia de pilotos, e a escolha não foi feita ao acaso.
“Rooster”, em inglês, significa “Galo”. Já “Goose” significa “Ganso”. Ou seja: foi uma forma de o filho homenagear o falecido pai, já que também optou por um apelido que também remetia a uma espécie de ave. Quem teve a ideia foi o próprio Miles Teller e a produção gostou.
O bilionário “Top Gun: Maverick”
Por mais que “Top Gun: Maverick” tenha levado 36 anos para chegar aos cinemas e enfrentado problemas, podemos dizer que a espera valeu a pena.
O filme arrecadou US$ 1,4 bilhão em bilheteria, com um orçamento de US$ 170 milhões. “Top Gun: Maverick” foi apenas o segundo longa a bater a marca do bilhão após o início da pandemia da covid-19, ficando atrás apenas de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”.
O filme também se tornou o mais rentável da bem-sucedida carreira de Tom Cruise.
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