A realidade atual da indústria faz com que novos artistas já surjam adaptados ao método de lançar mais singles do que álbuns. Porém, a velha guarda – a exemplo do Slipknot –, parece estar se atentando ao fato, que na realidade serve quase como uma retomada de algo que era comum até os anos 1960.
Em entrevista ao NME, o percussionista Shawn “Clown” Crahan” alertou que a banda pode aderir à proposta em breve. Isso pode se dar especialmente agora que estão livres de contrato com gravadora, já que “The End, So Far” encerrou o vínculo do grupo com a Roadrunner Records.
“Eu sempre pensei: ‘como seria se o Slipknot fosse grande o suficiente para não ficarmos presos aos álbuns?’ Vamos dizer que em vez de esperar dois anos por 12 músicas, lançássemos uma nova por mês? Estaríamos distribuindo o mesmo trabalho, apenas em outro formato.”
O músico garante que tudo seria feito da forma mais profissional possível, sem desleixo.
“Cada lançamento teria uma arte que o acompanha. E seria mais barato do que uma música individual normal. Passaria por todos os filtros – a banda, Corey Taylor, mixagem e masterização profissionais, sem cortar nenhum caminho. E queremos fazer isso porque acho que é hora de vocês, nossos fãs, terem acesso facilitado a tudo.”
Crahan continuou dizendo que ser livre dos limites de um álbum tradicional tornará possível para ele e seus companheiros explorar diferentes espaços musicais que não seriam capazes no passado.
“Sempre achei que seria interessante que nossos fãs soubessem mais sobre nós. Então, se eu, Corey Taylor e Jim Root estivéssemos interessados em tocar com o sitarista número um no planeta – e seríamos porque somos artistas –, trouxéssemos essa pessoa para o nosso mundo e ela nos adornasse com seu ofício e nos ensinasse sobre a cítara… Se pudéssemos sentar, ouvir, participar e sentir essa vibração… Não seria interessante?”
Slipknot e “The End, So Far”
Sétimo trabalho de inéditas do Slipknot, “The End, So Far” chegou ao 2º lugar na Billboard 200, principal parada dos Estados Unidos.
É o sexto disco da banda a figurar no top 10 americano. O feito foi repetido em outras 13 paradas internacionais, com destaque para o número 1 no Reino Unido, Austrália, Alemanha e Suíça.
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