Lembra quando um álbum novo do U2 apareceu do nada no seu iPhone, sem você pedir, e não dava para apagar? Oito anos depois, Bono reconheceu que essa não foi a melhor ideia do mundo.
Em seu livro de memórias “Surrender: 40 Songs, One Story by Bono” (trechos via Classic Rock), o vocalista escreveu:
“Eu assumo total responsabilidade. Rapidamente percebemos que havíamos esbarrado numa discussão séria sobre o acesso de empresas de tecnologia nas nossas vidas. A parte de mim que sempre será punk rock achou que isso seria exatamente o que o The Clash faria. Subversivo. Mas subversão é complicado de se alegar quando está trabalhando com uma empresa prestes a se tornar a maior do mundo.”
U2, “Songs of Innocence” e os iPhones
Em 2014 o U2 formou uma parceria com a Apple na hora de promover seu álbum “Songs of Innocence” junto ao lançamento de um novo iPhone. Segundo a Billboard, a gigante de tecnologia teria pago milhões à Universal pelos direitos.
Todos os usuários do iTunes viram o disco aparecer automaticamente em suas bibliotecas. Isso deu início a uma discussão sobre privacidade. Vários veículos de imprensa caracterizaram a estratégia como transformar música em spam. Artistas também criticaram a iniciativa por transformar seus trabalhos em algo gratuito.
A própria Apple precisou criar uma página dedicada em seu site oficial para permitir que usuários pudessem apagar o disco de seus aparelhos.
No fim das contas, foram contabilizados 26 milhões de downloads de “Songs of Innocence” no primeiro mês após o lançamento, o que fez dele um dos álbuns mais populares da carreira da banda. Contudo, esses números foram completamente engolidos pela quantidade de pessoas reclamando da estratégia e não querendo ser parte.
*Foto: Daniel Hazard / CC BY-SA 4.0
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Bono já pediu desculpas, reconheceu o erro, parabéns!