Joe Lynn Turner sai da zona de conforto em seu novo álbum solo, “Belly of the Beast”

Trabalho acrescenta influências mais pesadas à sonoridade típica do cantor, fruto da parceria com o músico e produtor Peter Tägtgren

Desde quando anunciou os primeiros passos da parceria com o músico e produtor sueco Peter Tägtgren (Hypocrisy, Pain, ex-Lindemann), Joe Lynn Turner deixou claro que o projeto traria uma sonoridade diferente da que seus fãs estavam acostumados. Mesmo que não avisasse já dava para imaginar, tendo em vista o background da outra metade da união.

A pandemia atrasou os planos, mas finalmente “Belly of the Beast” foi lançado. De cara, temos a constatação óbvia: este é o trabalho mais pesado da carreira do ex-Rainbow, Deep Purple, Yngwie Malmsteen, entre outros. Porém, como sabemos, o peso pura e simplesmente pelo peso não é sinônimo de qualidade.

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A boa faixa-título já abre o tracklist deixando claro o caminho a ser tomado, com uma abordagem dark e heavy. Lembrou até mesmo os trabalhos do Halford, banda solo de Rob Halford. As influências industriais, características das produções de Peter Tägtgren, se fazem presentes com ênfase. A sequência, com “Black Sun”, traz interessante camadas de teclado vintage fundidas a abordagens modernas.

Outros destaques vão para “Dark Night of the Soul”, com seus momentos sinfônicos e a quase power metal “Don’t Fear the Dark”. Importante citar que, apesar das abordagens mais modernas, as melodias indicam claramente a presença de alguém da velha guarda nas composições. Algo parecido com o que aconteceu em “Live to Win”, trabalho solo de Paul Stanley (Kiss). Não que o resultado seja o mesmo, mas a intenção.

Vale destacar que Turner resolveu simbolizar essa nova etapa da carreira assumindo de vez seu visual natural, sem a peruca que usava desde a pré-adolescência para disfarçar a alopecia. Não à toa, as letras são muito focadas em desafios e superações que todos precisam enfrentar durante a vida.

Em linhas gerais, não se trata de um trabalho de fácil assimilação para quem é acostumado à faceta AOR/melodic rock de Joe. Mas a experiência se revela interessante em vários momentos da audição para quem tem mente aberta.

Não deve ser algo que o cantor adotará para o resto da carreira. Porém, como um instante à parte do que o consagrou, não deixa de render passagens valorosas. “Belly of the Beast” terá versão nacional física distribuída pela Hellion Records.

Ouça “Belly of the Beast” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Joe Lynn Turner – “Belly of the Beast”

  1. Belly Of The Beast
  2. Black Sun
  3. Tortured Soul
  4. Rise Up
  5. Dark Night of the Soul
  6. Tears of Blood
  7. Desire
  8. Don’t Fear the Dark
  9. Fallen World
  10. Living the Dream
  11. Requiem

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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