De todos os membros do Kiss, Gene Simmons foi o que mais se ressentiu da ausência de seu personagem.
O Demon era de forte presença visual e lhe dava liberdade para fazer algumas coisas que eram muito peculiares. Quando tudo mudou, em 1983, o baixista e vocalista precisou se reinventar.
Ele chegou a cuspir sangue no primeiro show, mas não se sentiu à vontade para prosseguir. Cuspiu fogo, mas a língua ficou menos tempo em evidência.
O que muitos não sabem é que se tratou de um movimento planejado. Quem revelou foi Larry Mazer, manager da banda de 1989 a 1995. Durante entrevista ao Artists On Record Starring ADIKA Live! (transcrita pelo Ultimate Guitar), o empresário falou sobre o assunto.
“Falei a Gene Simmons que ele precisava voltar a se dedicar à banda. Depois, disse que tinha que parar de mostrar a língua. Sem a maquiagem aquilo se tornava bobo para um cara já com mais de 40 anos. Paul Stanley e eu pensamos em estabelecer multa de um dólar para cada vez que ele descumprisse, embora nunca tenhamos feito. Mas sim, era uma condição. Quando a maquiagem retornou, aí sim voltou a fazer sentido.”
Kiss e a pressão pela volta das maquiagens
Lazer Mazer revelou que a pressão para a volta das maquiagens, que se concretizaria em 1996, sempre existiu. Foi isso que levou o Kiss a ironizar a situação no videoclipe de um dos singles do álbum “Hot in the Shade”.
“Desde o primeiro dia em que me envolvi produtores pediam por isso. Sugeri que brincassem com isso no vídeo de ‘Rise to it’, com Gene e Paul pintando os rostos novamente. Ironicamente, anos depois eles realmente resgataram as maquiagens. Não era o que eu queria. Preferia que seguissem fazendo grandes discos, como foi em ‘Revenge’.”
Desde 1996, o Kiss é empresariado por Doc McGhee. Atualmente, a banda está realizando sua última turnê, a End of the Road. A ideia é encerrar com um show em Nova York em algum momento do próximo ano.
*Foto da matéria: George Chin / reprodução / Pinterest
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.