Quem acompanha a carreira de Alice Cooper desde os tempos em que o nome também significava o de uma banda, sabe que o vocalista sempre buscou se adaptar às novidades do mundo do rock. Até por isso, seus discos sempre incorporam diferentes elementos, o mantendo atualizado sem deixar de lado as características que o consagraram.
Durante entrevista ao Music Radar, resgatada pelo Rock Celebrities, o alter ego de Vincent Furnier lembrou das mudanças que promoveu na carreira em um momento específico: o lançamento do álbum “Lace and Whisey”, de 1977. À época, Alice adotou a persona do detetive Maurice Escargot. Por conta do estilo do protagonista, a sonoridade adicionou influências de trilhas sonoras de filmes dos anos 1940 e 50.
“Minha esposa e eu éramos muito amigos de Peter Sellers, o ator. Ele costumava me chamar de inspetor Maurice Escargot e chamava Sheryl de Nicole Escargot. Mantivemos contato até o momento em que ele morreu. Quando estava no hospital, eu lhe mandava telegramas: ‘Não se preocupe, estou no caso, Escargot.’
Assim surgiu a ideia de fazer um filme noir, ‘Lace and Whiskey’. Eu faria de Escargot um personagem detetive dos anos 40. Mesmo que nenhuma das músicas pertencesse a isso, ainda demos esse sabor.”
As mudanças sonoras e visuais tinham um motivo: Cooper não queria perder o terreno para as então novidades do meio.
“Todas essas bandas realmente boas estavam surgindo, e eu não queria abrir mão daquele trono. Estávamos com medo de tirar um ano de folga porque havia o Kiss e o Aerosmith. Então, continuamos até ficar sem gasolina.”
Alice Cooper e “Lace and Whiskey”
Além das músicas autorais, “Lace and Whiskey” traz uma versão para “Ubangi Stomp”, composição de Charles Underwood escrita em 1956.
O disco chegou ao 42º lugar nos Estados Unidos e 33º na Inglaterra. Após a turnê, que não saiu da América do Norte, Alice se internaria pela primeira vez para tratar seu alcoolismo.
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