Prika Amaral explica como escolheu novas integrantes da Nervosa: “fascista não entra”

Consciência política e social faz parte do tecido fundamental da guitarrista desde os primórdios da carreira

Fascistas não passarão sequer do período de testes na Nervosa, segundo Prika Amaral. Em entrevista ao Ibagenscast, a guitarrista e líder da banda explicou os critérios para a escolha de suas novas companheiras.

Inicialmente, ela deixou claro que gente preconceituosa não tem vez no projeto. As vagas deixadas por Fernanda Lira (voz e baixo) e Luana Dametto (bateria) foram ocupadas por Diva Satanica (voz), Mia Wallace (baixo) e Eleni Nota (bateria), todas estrangeiras.

“Fascista na minha banda não toca! Começa daí. Mas assim, elas têm uma visão muito igual a minha de vida no geral, não só política, de respeito ao próximo, não ao racismo, não ao preconceito, sabe? De lutar pela igualdade e coisas assim. Isso para mim foi fundamental. Com certeza!”

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Prika também discutiu na entrevista a importância para a Nervosa de discutir temas políticos no âmbito pessoal, dizendo:

“Eu falava de tudo que eu via que tava errado, do que me incomodava, do que eu sentia necessidade, era muito natural. E assim a Nervosa sempre foi dividida entre falar sobre a humanidade e seus comportamentos, e isso envolve política, mas também falar sobre as relações entre as pessoas, o que a gente vive com as outras pessoas.”

A guitarrista ainda destacou a canção “Kill the Silence”, gravada ainda pela formação anterior e com mensagem que encoraja mulheres a se abrirem com relação ao abuso sofrido por elas. Segundo ela, o efeito da música no público da banda foi enorme: muitas fãs se abriram sobre experiências passadas após assistirem ao clipe, falando como se sentiram vistas através do trabalho do grupo.

Nervosa e a consciêncai punk

De acordo com Prika Amaral, essa consciência política nasceu em parte graças à cena punk de sua cidade natal, Bragança Paulista.

“A cultura da minha cidade é muito mais punk do que é metal. Tem uma cena metal, mas, na minha época ao menos, a cena punk era maior. E eu tinha muito mais contato com o punk. Eu tive uma identificação muito grande com o punk não musicalmente, mas pela atitude e pelo ideal. Então eu trouxe essa energia e esse ideal para as letras do thrash.”

Perpetual Chaos”, primeiro álbum da Nervosa com sua nova formação, foi lançado no ano passado.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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