Na década de 1980, Ronnie James Dio comandou algo que ficou conhecido como a versão heavy metal do USA For Africa. Em tempos de caridade, do sucesso do single “We Are the World” e do festival Live Aid, o vocalista percebeu que os músicos de heavy metal geralmente eram deixados de fora dessas ações. Por isso, ele criou o Hear ‘N Aid, que lançou o single “Stars”.
A viúva e ex-empresária do cantor, Wendy Dio, comentou sobre o assunto em novo trecho divulgado do documentário “Dio: Dreamers Never Die”. Segundo ela, havia um preconceito velado com os artistas de metal, que raramente eram incluídos em iniciativas de caridade junto aos grandes nomes da música pop.
Conforme transcrito pela Guitar Magazine, ela declarou:
“Ronnie queria fazer parte daquilo, mas nós éramos pessoas desagradáveis e sujas do heavy metal.”
Outro que dá seu depoimento sobre o Hear ‘N Aid é um dos participantes, Rob Halford, vocalista do Judas Priest. O Metal God destacou o comando que Dio exerceu sobre o projeto, que reuniu tantos nomes importantes do metal que, na verdade, tinha tudo para dar errado, mas não deu.
“Ronnie só queria mostrar que nós também queríamos ajudar, mas fazer algo que era um pouco diferente. Ronnie era o capitão do navio, e ele nos conduziu através do que poderia ter sido uma catástrofe absoluta.”
Confira o trecho do documentário, com depoimentos também do jornalista Eddie Trunk, do baixista Rudy Sarzo (Quiet Riot, Ozzy Osbourne, Dio, Whitesnake), do vocalista David St. Hubbins (Spinal Tap) e do próprio Dio, além de cenas das gravações dos vocais dele.
O documentário “Dio: Dreams Never Die” será exibido nos cinemas americanos em duas noites, 28 de setembro e 2 de outubro. Primeiro filme autorizado pela família do vocalista, conta com participações de Tony Iommi, Glenn Hughes, Jack Black e vários outros.
Dio e o Hear ‘N Aid
Lançado em 1986 e com renda revertida para instituições de caridade na África, Hear ‘N Aid lançou apenas uma música, “Stars”, presente em um álbum homônimo, no formato de compilação. A canção criada para o projeto traz a banda Dio ao lado de convidados como Rob Halford (Judas Priest), Geoff Tate (Queensrÿche), Eric Bloom (Blue Öyster Cult), Don Dokken (Dokken), Kevin DuBrow (Quiet Riot), Dave Meniketti (Y&T) e Paul Shortino (Rough Cutt).
Participam ainda um verdadeiro exército de backing vocals e guitarristas, que incluem Eddie Ojeda (Twisted Sister), Brad Gillis (Night Ranger), Neal Schon (Journey), George Lynch (Dokken), Yngwie Malmsteen, Carlos Cavazo (Quiet Riot), Buck Dharma (Blue Öyster Cult) e a dupla do Iron Maiden, Dave Murray e Adrian Smith.
Outras faixas foram cedidas à compilação por artistas que no geral não puderam participar das sessões. São elas: “Up to the Limit” (Accept), “On the Road” (Motörhead), “Distant Early Warning” (Rush), “Heaven’s On Fire” (Kiss), “Can You See Me” (The Jimi Hendrix Experience), “Hungry For Heaven” (Dio), “Go for the Throat” (Y&T) e “The Zoo” (Scorpions).
Embora a melhor posição do single nas paradas tenha sido um discreto 26º lugar no Reino Unido, o projeto fez barulho e arrecadou cerca de US$ 3 milhões à caridade.
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A galera do metal é de boa!!!! A verdade é no Live Aid também teve o seu lado comercial em termos de divulgação e retorno, óbvio que sim…acredito!!!! valeu