A cinebiografia do guerrilheiro Carlos Marighella foi a grande vencedora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022, levando oito estatuetas para casa na premiação ocorrida na última quarta-feira (10). Os prêmios destinados a “Marighella” foram atribuídos às categorias: Melhor Longa-Metragem de Ficção, Ator, Fotografia, Som, Figurino, Direção de Arte, Roteiro Adaptado e Primeira Direção de Longa-Metragem.
No seu discurso ao vencer o prêmio de Melhor Primeira Direção de Longa Metragem, o diretor Wagner Moura agradeceu à equipe envolvida na produção:
“Eu quero dedicar esse prêmio à equipe, aos atores, aos produtores e a todo mundo que acreditou no filme. Não escolhi um filme fácil para ser o meu primeiro.”
A vitória marca o fim de uma longa jornada para a equipe responsável por “Marighella”. O filme teve sua premiére originalmente em 2019 no Festival de Berlim, mas sua estreia em cinemas brasileiros foi postergada até novembro de 2021.
Oficialmente, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) afirma que o atraso ocorreu devido a outro longa que não foi disponibilizado no prazo anteriormente previsto pela produtora, O2 Filmes. Porém, Wagner Moura afirma que seria uma censura do governo de Jair Bolsonaro, em virtude do teor político da obra.
Veja abaixo a lista completa de premiados no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022.
Vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022
- MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO: MARIGHELLA, de Wagner Moura. Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da Fé
- MELHOR FILME – JÚRI POPULAR: “O Auto da Boa Mentira”, de José Eduardo Belmonte. Produção: Mônica Monteiro, Fátima Pereira e Luciana Pires por Cinegroup.
- MELHOR DIREÇÃO: DANIEL FILHO por “O Silêncio da Chuva”.
- MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM: WAGNER MOURA por “Marighella”.
- MELHOR ATOR: SEU JORGE como Marighella por “Marighella”.
- MELHOR ATOR COADJUVANTE: RODRIGO SANTORO como Luca por “7 Prisioneiros”.
- MELHOR ATRIZ: DIRA PAES como Rita por “Veneza”.
- MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: ZEZÉ MOTTA como Francisca por “Doutor Gama”.
- MELHOR FILME INTERNACIONAL: “NOMADLAND” – Nomadland (EUA) / Documentário / Direção: Chloe Zhao.
- MELHOR FILME IBERO-AMERICANO: “EMA” – Ema (Chile) / Ficção / Direção: Pablo Larraín.
- MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO: “A ÚLTIMA FLORESTA”, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes.
- MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA: DEPOIS A LOUCA SOU EU, de Julia Rezende. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções e Empreendimentos.
- MENÇÃO HONROSA – LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO: “BOB CUSPE – NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE”, de Cesar Cabral. Produção: Cesar Cabral e Anália Tahara por Coala Produções Audiovisuais.
- MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL: “TURMA DA MÔNICA – LIÇÕES”, de Daniel Rezende. Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Biônica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende.
- MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO: “YAÕKWA, IMAGEM E MEMÓRIA”, de Rita Carelli e Vincent Carelli.
- MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO: “MITOS INDÍGENAS EM TRAVESSIA”, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues.
- MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO: “ATO”, de Bárbara Paz.
- MELHOR MONTAGEM FICÇÃO: KAREN HARLEY, EDT por “Piedade”.
- MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO: RICARDO FARIAS por “A Última Floresta”.
- MELHOR ROTEIRO ORIGINAL: HENRIQUE DOS SANTOS E ALY MURITIBA por “Deserto Particular”.
- MELHOR ROTEIRO ADAPTADO: FELIPE BRAGA E WAGNER MOURA – adaptado da obra “Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, de Mario Magalhães – por Marighella.
- MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: ADRIAN TEIJIDO, ABC, por “Marighella”.
- MELHOR EFEITO VISUAL: PEDRO DE LIMA MARQUES por “Contos do Amanhã”.
- MELHOR SOM: GEORGE SALDANHA, ABC, ALESSANDRO LAROCA, EDUARDO VIRMOND LIMA E RENAN DEODATO por “Marighella”.
- MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: FREDERICO PINTO, ABC por “Marighella”.
- MELHOR MAQUIAGEM: MARTÍN MACÍAS TRUJILLO por “Veneza”.
- MELHOR FIGURINO: VERÔNICA JULIAN por “Marighella”.
- MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DOCUMENTÁRIO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV PAGA/OTT: “TRANSAMAZÔNICA – UMA ESTRADA PARA O PASSADO” – 1ª TEMPORADA (HBO e HBO GO) Direção Geral: Jorge Bodanzky. Produtora Brasileira Independente: Ocean Films.
- MELHOR SÉRIE BRASILEIRA ANIMAÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV PAGA/OTT: ANGELI THE KILLER – 2ª TEMPORADA (Canal Brasil). Direção Geral: Cesar Cabral. Produtora Brasileira Independente: Coala Produções Audiovisual.
- MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇAO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV ABERTA: “SOB PRESSÃO – 4ª TEMPORADA” (Globo). Direção Geral: Andrucha Waddington. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
- MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV PAGA/OTT: “DOM – 1ª TEMPORADA” (Amazon Prime Video) Direção Geral: Breno Silveira. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
- MELHOR TRILHA SONORA: ANDRÉ ABUJAMRA E MÁRCIO NIGRO por “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente”.
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