No dia 14 de janeiro de 1978, o Sex Pistols realizou seu último show antes das vindouras e inevitáveis reuniões. A apresentação em San Francisco, Estados Unidos, contou mais de 5 mil pessoas na plateia e o vocalista Johnny Rotten gritando: “vocês já sentiram que estavam sendo enganados?”
Nos dias seguintes, o grupo se desfez, surpreendendo os fãs. Mas não os próprios músicos. Em entrevista à BBC Radio 5 (transcrita pelo Ultimate Classic Rock), o guitarrista Steve Jones deixou claro que a situação sequer lembrava uma banda nos momentos derradeiros.
“Quando Glen Matlock era o baixista, definitivamente estávamos nos concentrando mais na música. Depois, as coisas foram ficando bobas. Talvez tenhamos sido ingênuos demais no começo, embora fosse o charme. Tudo se resumiu a um disco, nos divertimos, tivemos sorte e talento. Mas acho que estávamos predestinados a implodir ali na frente.”
Para Jones, o hype em torno do quarteto não contribuiu. Especialmente pela necessidade de ser ultrajante, como na aparição no programa televisivo do jornalista britânico Bill Grundy, quando os integrantes esgotaram o estoque de palavrões ao vivo.
“Nunca fui a favor daquilo. No começo pode ter sido legal para firmar uma imagem. Mas o que aconteceu com Grundy foi o começo do fim. Quando chegou a turnê americana, não aguentava mais.”
Sex Pistols e a série “Pistol”
Recentemente, a história do Sex Pistols foi repassada na série dramática “Pistol”. A produção é baseada no livro “Lonely Boy: Tales from a Sex Pistol”, biografia de Steve Jones. O roteiro foi escrito por Craig Pearce. O lançamento ocorreu após uma batalha judicial contra John Lydon (o Johnny Rotten lá de cima), que resistiu a liberar os direitos sobre as músicas.
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